segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A Importância do Brincar na Educação Infantil - Sueli Ferreira da Silva

Menina sorrindo

Palavras-chave: brincar, escola, criança, aprendizagem.

Resumo

Este artigo aborda a criança e o lúdico, bem como a importância do brincar na educação infantil, assim como da brincadeira e do brinquedo, bem como qual é o papel do professor.

Ao pensar as crianças e o lúdico, o artigo identifica como elas eram tratadas pela sociedade e quando houve mudança nessa postura em relação à educação e à posição ocupada pela criança em seu meio social.

É observada, também, a importância das brincadeiras e dos brinquedos porque é por meio da brincadeira que a criança se desenvolve e adquire situações no espaço lúdico, o qual se tornará peça fundamental para sua aprendizagem social.

O artigo, ainda, preocupa-se em abordar o quão importante tornou-se o brincar para as crianças e a partir de qual momento os educadores tomaram consciência de que a criança necessita do brincar e, ainda, que é brincando que a criança aprende a ser um adulto. 

Introdução

A criança

Antigamente, as crianças eram consideradas adultas em miniatura, ou seja, não podiam ter um comportamento infantil e, não importando o fato de serem pequenas, elas deveriam possuir responsabilidades. Suas vestes eram idênticas aos dos adultos e, como tais, tinham vida social juntas a eles, participando de festas com homens e mulheres embriagados.

Como se não bastasse, tudo era permitido na frente das crianças e, por não fazer parte do costume da época, não as ensinavam sobre boas maneiras e nem hábitos de higiene.

Os pais decidiam o futuro das crianças e, se a família a que pertenciam possuía bens, elas eram educadas para o futuro, recebendo estudos, mas, se suas famílias eram pobres, sua educação era voltada para o trabalho.

Posteriormente, entendeu-se que a criança não é um adulto pequeno, ela tem necessidades e características próprias e vai se tornar um adulto quando passar as etapas do seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional.

A partir dos trabalhos de Comenios (1593), Rousseau (1712) e Pestalozzi (1746), surge um novo “sentimento da infância” que protege as crianças e que auxilia este grupo etário a conquistar um lugar enquanto categoria social.

Partindo desse conceito, a população, ou seja, a sociedade passa a analisar a criança de outra forma, classificando, assim, a categoria infantil.

A criança passa a ser educada em vários sentidos para que, conforme o seu crescimento, adquira conhecimento específico à sua idade, enquanto limites relativos à sua idade são aplicados perante familiares e sociedade.

Constata-se, também, que, devido à falta de instrumentos ou objetos adequados para o ensino, nessa época usava-se o que se tinha à mão para aplicar a aprendizagem, chegando, inclusive, a usar doces e guloseimas em geral com letras e números, transformando-os nos primeiros “materiais e jogos didáticos”.

O lúdico

O lúdico é a forma de desenvolver a criatividade, os conhecimentos e o raciocínio de uma criança por meio de jogos, música, dança e mímica.  

O intuito é educar e ensinar, enquanto a criança se diverte e interage com os outros, tornando leve e descontraído qualquer aprendizado.

Por meio das brincadeiras, a criança ultrapassa seus limites, impondo desafios cada vez maiores ao lúdico.

Em suas brincadeiras de faz de conta, por exemplo, ela mesma cria situações que exijam mais de si. É por meio das brincadeiras que as crianças passam a entender as regras impostas, pois no próprio brincar elas se deparam com situações afins de seu dia a dia.

Como acontece em brincadeira de mamãe e filhinha, a criança se põe no papel de mãe e passa a tratar a boneca como sua filha e, ao impor suas regras, passa a compreender alguns limites e determinadas atitudes de adultos em relação a elas.

Para Oliveira (1990), “as atividades lúdicas são a essência da infância”. Considerando que estas atividades ajudam a construir o conhecimento e propiciam experiências prazerosas e benéficas para as crianças, alguns destes benefícios podem ser destacados:

- Desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento.

- Socialização.

- Assimilação de valores.

- Aprimoramento de habilidades.

Há várias atividades lúdicas existentes e, dentre elas, algumas se destacam:

- Brincadeiras tradicionais.

- Jogos.

- Danças.

- Brincar de faz de conta.

Segundo Almeida, M.T. P, 2000, o brincar é uma necessidade básica e um direito de todos. O brincar é uma experiência humana, rica e complexa.

A criança brinca naturalmente e quase tudo se transforma em objeto do brincar, ou seja, um pedaço de papel vira um avião, uma caixinha se transforma em cama, entre tantas outras possibilidades.

Tudo isso pode ser desconsiderado aos olhos dos adultos, mas brincar é um direito de todas as crianças e está garantido no Princípio VII da Declaração Universal dos Direitos das Crianças da UNICEF.

No caso, esse direito garante que... “A criança deve ter  todas as possibilidades de se entregar aos jogos e às  atividades recreativas, que  devem ser orientadas para os fins visados pela educação; a sociedade e os poderes públicos devem esforçar-se por favorecer o gozo deste direito”  (Declaração universal dos direitos da criança, 1959).

Partindo da teoria, sabemos que brincar é uma atividade fundamental para o desenvolvimento físico e mental e para o bem-estar das crianças, devendo ser incentivado pelas instituições escolares e pelos órgãos públicos na forma de espaços lúdicos apropriados.

A importância do brincar na educação infantil

Como já foi mencionado, é fundamental para a aprendizagem o fator lúdico para a criança, considerando que as atividades trabalhadas de maneira planejada são excelentes instrumentos do ensino-aprendizagem.

Encontramos na educação infantil um espaço lúdico apropriado para esse desenvolvimento, com conteúdos preparados de maneira criativa e realização prazerosa, visando que as crianças assimilem o conhecimento proposto.

Contudo, algumas escolas ainda trabalham apenas a mente na escolarização, deixando de fora o lúdico como instrumento do conhecimento.

Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre as que reproduzem a escola elementar com ênfase na alfabetização e números (escolarização) e as que introduzem a brincadeira, valorizando a socialização e a recriação de experiências. No Brasil, grande parte dos sistemas pré-escolares tende para o ensino de letras e números, excluindo elementos folclóricos da cultura brasileira como conteúdo de seu projeto pedagógico. As raras propostas de socialização que surgem desde a implantação dos primeiros jardins da infância acabam incorporando ideologias hegemônicas presentes no contexto histórico-cultural. (Oliveira, 2000)

As instituições escolares deveriam propiciar condições para a construção do conhecimento por meio da investigação e realização, fatores importantíssimos para a criança no processo de aprendizagem.

Brincadeiras e brinquedo

Brincadeira

A brincadeira é uma situação importante vivenciada pelas crianças e este exercício lúdico proporciona descobertas de novos conhecimentos e desenvolvimento de muitas habilidades de forma natural e agradável.

Ao brincarem, as crianças estão mais aptas a desenvolverem bons sentimentos, partilharem, sociabilizarem-se, respeitarem-se mutuamente e obedecerem a regras.

A brincadeira oferece a elas a oportunidade de se prepararem para o futuro e experimentarem o mundo que as rodeia.

“Todos nós conhecemos o grande papel dos jogos para a criança, pois ela desempenha a imitação. Com muita frequência, estes jogos são apenas um eco do que as crianças viram e escutaram dos adultos, isso não obstante a estes elementos da sua experiência anterior nunca se reproduzirem no jogo de forma absolutamente igual e como acontecem na realidade. O jogo da criança não é uma recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações da própria criança.” (Vygotsky, 1999:12)

Brinquedo


Para a autora Kishimoto (1994), o brinquedo é considerado um “objeto de suporte da brincadeira”.

O brinquedo é na verdade o objeto usado como metodologia para a criança por meio de representações, ou seja, a imaginação passa a representar o momento vivido ou impõe à criança o adentrar no mundo real

É o que ocorre nas brincadeiras em que são representados o médico, o dentista, o cozinheiro, o papai e mamãe, a professora, o circo, o piloto de avião, o carrinho, o caminhão, a fazendinha, o cowboy etc.

Podemos citar, entre outros,  os jogos de quebra-cabeça que desenvolvem o raciocínio lógico da criança, assim como os de tabuleiros que desenvolvem a compreensão de números e operações matemáticas.

Constata-se, também, a tradicionalidade e universalidade das brincadeiras que podem ser vistas nos povos antigos e distintos como os da Grécia e do Oriente, os quais utilizavam brincadeiras como a amarelinha, empinar papagaios e jogar pedrinhas.

Observa-se que até hoje as crianças se utilizam desses jogos para se divertirem por meio de conhecimentos empíricos.

A criança de 2 a 4 anos começa a desenvolver a brincadeira do faz de conta quando, no brincar, ela altera os significados dos objetos, expressando os seus sonhos e o seu faz de conta.

O faz de conta, inclusive, vem de alguma situação ou experiência anterior vivida pela criança. 

Ao longo do tempo, o brinquedo ganhou posição importante como instrumento facilitador da aprendizagem e muitas práticas pedagógicas se beneficiaram deste fato.

O professor

Os educadores passam a observar que as crianças usam as brincadeiras como uma forma de aprendizagem, demonstrando por elas o que o adulto faz no seu dia a dia.

O professor tem um papel muito importante na educação, pois ele é o mediador entre o aluno e o conhecimento, proporcionando situações de aprendizagem para desenvolver as capacidades afetivas, cognitivas, emocionais e sociais.

Ele deve oferecer à criança um ensino de qualidade, bem como um ambiente saudável e de igualdade, que seja interessante e seguro.

É de extrema importância que o professor interaja com os alunos, que dialogue com eles e respeite as suas formas de manifestação. Numa sala de aula, há diversas crianças, sendo muitas dentro da normalidade e algumas distantes dela e, assim, cabe ao professor saber trabalhar com a diferença e buscar estímulos para os alunos que demostram dificuldades.

Para que isso ocorra, os profissionais da educação devem buscar uma formação continuada e empenhar-se sempre no aperfeiçoamento da prática, pois trabalham com conteúdos diversos e abrangentes, devendo estar comprometidos com  a formação de seus alunos.

"O professor não ensina, mas arranja modos de a própria criança descobrir. Cria situações-problemas." (Jean Piaget).

Conclusão

No decorrer deste artigo, houve acompanhamento das trajetórias da criança e da educação e conclui-se que, apesar de muitos progressos terem ocorridos no tratamento às crianças no que se referente a cuidados, proteção, educação, cultura, lazer etc., há ainda muito a ser feito.

As escolas devem voltar o olhar para esses pequenos que estão sempre dispostos a aprender e necessitam de educação de qualidade. Unidas, família e escola, têm o dever de cuidar e educar.
Fonte:  http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=2113

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Crianças que batem


Taí uma boa polêmica: quem nunca conheceu ou ouviu falar em meio a rodas de conversas sobre crianças que vira e mexe batem nos amiguinhos sem motivo aparente? Diante do assunto, as reações dos pais são diversas. Há os que ficam com raiva da criança, os que demonstram pena. Há até mesmo os que chegam a cortar relações com os pais do pequeno agressor. A situação é complicada, pois ninguém gosta de ver o filho apanhar, e ensinar uma criança pequena a controlar seus impulsos também não é lá das tarefas mais fáceis. Enfim, por que isso acontece e como lidar com o problema?
“Bater faz parte do repertório das crianças, sobretudo das pequenas, para tentar resolver seus problemas. É um sintoma que tende a se resolver com o amadurecimento e a convivência social. Quando perdura e começa a trazer dificuldades, é hora de se perguntar o que a criança está nos falando com isso”, diz a psicóloga Ana Elizabeth Cavalcanti, da clínica CPPL.
A princípio, porém ela faz uma ressalva. “As generalizações são sempre perigosas, quando tratamos de comportamentos humanos. Embora os sintomas possam apresentar semelhanças, as motivações de cada criança são sempre singulares e para compreendê-los é preciso conhecer bem a criança, suas condições ambientais, sua família e sua história”.
Segundo a psicóloga, é preciso compreender que os sintomas apresentados pelas crianças revelam o modo como elas estão se organizando perante os problemas e exigências que a vida vai colocando. “Nesse sentido, o sintoma deve ser compreendido como uma comunicação acerca do que se passa em sua vida psíquica. Existem então os sintomas transitórios – aqueles que aparecem e desaparecem espontaneamente – e aqueles que perduram, acabando por trazer dificuldades para as crianças. Dentre tantos outros sintomas da infância, bater é um deles e deve ser tomado nesse mesmo registro, ou seja, pode ser um sintoma transitório, muito frequente entre as crianças até três anos, ou pode perdurar, o que deve nos levar a indagar o que ele está revelando acerca daquela criança. Não se trata de falta de controle da criança, mas de que ela não está conseguindo lidar com as situações de outra forma”.
Diante desse sintoma, diz Ana Elizabeth, a posição dos adultos é muito importante. “É fundamental não confundir as coisas. Primeiro, é preciso ressaltar que a criança que bate não é necessariamente um adulto agressivo ou violento em potencial. É muito comum encontramos esse tipo de fantasia por parte dos adultos, sobretudo entre aqueles que têm muita dificuldade em lidar com a agressividade. Segundo, é importante não perder de vista que a criança que bate é uma criança e não pode ser tomada no lugar de adulto. Hoje, é frequente vermos adultos completamente descontrolados diante dos filhos ou alunos que lhes bateram, ou frente a coleguinhas que bateram em seus filhos. Alguns se comportam como se estivessem frente a perigosos agressores, perdendo completamente a condição de oferecer qualquer contenção ou ajuda a essas crianças”.
Em terceiro lugar, ressalta a psicóloga, é importante compreender que quando se trata de briga de crianças, geralmente as melhores soluções vêm delas mesmas. “Portanto, muito cuidado quando tentar resolver as situações por elas, porque pode-se estar roubando-lhes grandes oportunidades de desenvolvimento e crescimento”.
Fonte: http://maesefilhos.com/criancas-que-batem/

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Imagem de leitura: Entre as guerras, os livros

Não se tem aqui apenas a guerra como um conflito armado, entre países ou entre povos de uma mesma nação.
Foto de André Kertész (1894 - 1985)
Local: Esztergom, Hungria, 1915
Por João Augusto
Não se tem aqui apenas a guerra como um conflito armado, entre países ou entre povos de uma mesma nação. A guerra maior, a que devemos chamar atenção, está no abandono de valores, de perspectivas, de esperança. E uma arma saudável contra isso é a literatura. Entre toda a desvastação e a imensa tristeza da Primeira Guerra Mundial, registra-se, em 1915, pelas lentes do fotógrafo André Kertész, a cena que se ilustra ao lado. Três crianças que por algum tempo se esqueceram do estrondo de bombas e metralhadoras, para encontrar num livro a paz que os adultos deixaram de lado. Que a nossa batalha seja sempre pela transformação. E que os livros sejam as armas para vencer a miséria e a fome de conhecimento e cidadania.

* João Augusto é escritor, poeta, editor do Blog do Galeno e da Revista Brasil Que Lê.
Autor: João Augusto - Agência Brasil Que Lê

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Como fazer meu filho gostar de ler?


Algumas pessoas sabem do meu gosto por leitura e então perguntam para mim que obras eu recomendo para que comprem para os filhos, de modo que essas crianças tomem gosto pela leitura. Eu lembro dos meus livros favoritos da infância e os recomendo, porém sempre faço questão de destacar que não é comprar livros e obrigar as crianças a lê-los que fará com que elas se tornem devoradores de obras consagradas quando forem mais velhos. O processo é lento, e requer bastante dedicação dos pais.
É claro, há sempre exceções, aquelas histórias de crianças que aprenderam a amar a literatura sem precisar de qualquer incentivo. Obviamente não é desses casos que vou falar aqui. A ideia é propor algumas dicas para você que deseja que seus filhos um dia sejam bons leitores, e com isso ganhem todas as vantagens que esse hábito maravilhoso pode oferecer.
Leia: Esta é a principal, e a que sempre enfatizo quando algum pai vem atrás de recomendações. Crianças são emuladoras, elas imitam as ações daqueles que fazem parte do seu cotidiano. Como a criança começará a ler se os pais não fazem isso? Então antes de querer que seu filho tenha esse hábito, o desenvolva você também, caso ainda não o tenha.
Elogie os livros e quem lê: Se a criança ouvir coisas como “Para que serve literatura? Tem é que estudar matemática!” é óbvio que ela não vai demonstrar muito interesse por isso. Reparem nos jovens próximos de vocês, como eles gostam de fazer a coisa sempre com um propósito claro (para professores o mais comum é “estudo porque quero passar na prova”, por exemplo). Elogie a literatura, pessoas que tem o hábito de ler e, mais ainda, elogie seu filho quando ele estiver lendo algo.
Deixe a criança escolher: Você pode estar carregado de boas intenções ao oferecer Onde Vivem os Monstros ou Flicts para seu filho. Foram livros importantes e agradáveis para você. Mas isso não significa que seu filho irá gostar também. Por isso, o importante é de quando em quando levá-lo até uma livraria ou biblioteca e deixá-lo livre para escolher o que quiser.
Deixe a criança brincar com os livros: Essa é a parte mais difícil para os bibliófilos de plantão que morrem de orgulho das edições lindas em capa dura na estante do pimpolho. Mas não adianta dar livro e não deixar a criança se relacionar com ele da forma que quiser. Deixe que brinque, rabisque. Se você impor condições e proibições, ela prolongará isso para a leitura também.
Tenha livros em casa: Pode parecer meio bobo, mas tem muito pai que pergunta o que recomendo para o filho ler, mas que não tem qualquer livro na estante. É uma questão de tornar o objeto familiar para a criança, algo comum. Se a criança só tiver contato com isso na escola, é lógico que ela atribuirá um valor de obrigação ao livro. A ideia é fazer parte da rotina de lazer também.
Converse sobre o que ele leu: Deixe que ele conte para você a história, que comente sobre o que achou mais interessante, ou porque não gostou de um determinado livro. Faça desse um momento seu e de seu filho. Se ele ainda não lê, converse sobre a história após ler o livro para ele.
Não force a barra: Ler tem que ser um prazer. Não adianta querer que ele goste de livros já no primeiro contato. Tenha paciência e vá aos poucos. Se sentir que num determinado dia ele não está dando bola para isso, não insista. O mesmo trauma que muita gente carrega das leituras obrigatórias do colégio pode acontecer também com pais impondo a leitura de livros em casa.
Como fica evidente, não há mágica. Há na realidade muito trabalho, e o principal, a participação dos pais nesse processo. Um livro pode ser automaticamente apaixonante para alguns, mas outros precisam conhecê-lo aos poucos, ver suas qualidades dia após dia até que em um momento vire gosto, ou mesmo hábito.
Em tempo: segundo o livro What to Expect, o normal é que uma criança aprenda a virar páginas ali perto dos 16 meses, sendo que isso pode acontecer antes (meu Arthur começou com 8 meses). Então, quanto mais cedo melhor – há muitos títulos para bebês disponíveis nas livrarias, e o melhor de tudo é que alguns são bem baratos.
Fonte: http://blog.meiapalavra.com.br/2011/08/13/como-fazer-meu-filho-gostar-de-ler/

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Entenda melhor o TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Seu filho tem algum tipo de dificuldade de aprendizagem? Ele pode sofrer de TDAH. 25% dos portadores de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) apresentam dificuldade de aprendizado.
Segundo a ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) de 3 a 5% das crianças sofrem de TDAH. A doença reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) causa diversos prejuízos no ambiente escolar, como desorganização, impaciência para assistir às aulas e impulsividade ao respondendo às questões antes de ler o enunciado até o final ou ouvir toda pergunta.
Apesar de causar diversos problemas, o transtorno ainda é pouco conhecido da população de modo geral e quando não tratado, a condição pode afastar a criança da convivência social pela fama de bagunceiras, inquietas, distraídas, avoadas e que vive no “mundo da lua”, entre outros sintomas. Tais comportamentos podem implicar em perdas no desempenho acadêmico. Segundo Dr. Erasmo Barbante Casella, Neurologista da Infância e Adolescência Responsável pelo ambulatório de Distúrbios do Aprendizado do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas, cerca de 25% dos portadores de TDAH apresentam dificuldade de aprendizado.
Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1999 aponta, ainda, que, 87% dos portadores de TDAH possuíam mais de uma repetência em seus currículos comparado a 30% dos não-portadores. Na mesma amostra foi observado que 48% dos portadores de TDAH já haviam sido suspensos ao menos uma vez e 17% já tinham sido expulsos de outros colégios, frente a 17% e 2%, respectivamente, do grupo de não-portadores.
“Por conta do seu comportamento essas crianças e adolescentes frequentemente são evitados e considerados inconvenientes”, explica o Dr. Erasmo. “O grande desafio dos pais e professores é saber lidar com essa criança em idade escolar e ajudá-la a interagir e se desenvolver como as pessoas da mesma idade para evitar que o caso evolua para desmotivação acentuada e queda da autoestima, além de piora no quadro devido a outras comorbidades, eventualmente associadas ao TDAH, como ansiedade e depressão, por exemplo.”, completa o especialista.
Quando esse quadro persiste na idade adulta a hiperatividade, agitação e impulsividade diminuem de intensidade e a distração fica mais evidente. O transtorno pode persistir a vida toda.
O tratamento do TDAH deve ser multidisciplinar, ou seja, uma combinação de acompanhamento médico, psicoterapia, medicamentos, orientação aos pais/família e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador para facilitar o dia a dia. A medicação é parte muito importante do tratamento.
Para se ter ideia sobre a seriedade que o TDAH é tratado, nos Estados Unidos, os seus portadores são protegidos pela lei quando recebem tratamento diferenciado na escola.
http://bagarai.com.br/entenda-melhor-o-tdah-transtorno-de-deficit-de-atencao-e-hiperatividade.html

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Guia para mães revela antigas regras de especialistas para bebês

No começo do século 20, quando a mortalidade infantil atingia 0,16% dos nascidos vivos (cerca de quatro vezes a taxa atual), a relação das mamães com os bebês ganhou mais atenção.
Isso porque melhorar os cuidados com a criança, especialmente na higiene e na amamentação, poderia reduzir o número de mortes por infecções e outras doenças.

Editoria de Arte/Folhapress
Assim tiveram início os "guias maternos" com discurso higienista na primeira metade do século 20, época em que o mercado editorial brasileiro se expandia.
Onze guias dessa época, pinçados em sebos paulistas, foram revistos pela educadora Maria das Graças Magalhães em sua tese de doutorado defendida recentemente na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Nos livretos, os médicos pregavam que as mães impusessem em casa um ambiente "hospitalar", livre de micro-organismos. A ideia difundida era que uma vida regrada garantiria a saúde e a docilidade das crianças. "Dizia-se, por exemplo, que a mãe não deveria beijar o bebê", conta Magalhães.
CRENDICES
Além disso, boa parte dos pediatras lutava contra crendices populares. Por exemplo, ensinava-se que amuletos não curam e que dar a água do primeiro banho para o bebê tomar não deixaria a criança mais bonita.
"O Brasil é um país multiétnico, com grande quantidade de imigrantes. Há crendices vindas de
todas as partes", analisa a educadora. A especialista, no entanto, não acredita que os guias substituíram as "conversas de comadre".
O que ela observou foi que as mães se apropriaram das informações para fazer recomendações a outras mulheres, suprimindo ou acrescentando dados. A tradição feminina de trocar conselhos é, inclusive, destacada no "Guia das Mãezinhas", de 1937.
O autor, o médico Wladimir Toledo Piza, recomenda que as mães sigam os conselhos médicos no lugar de ouvir as amigas e vizinhas "que ensinam o que não sabem porque não estudaram".
Além dessa imagem das leitoras como "tricoteiras", os guias também consideravam a mulher como dispersiva, romântica e com dificuldade de concentração para leituras contínuas --algo parecido com algumas revistas femininas da atualidade.
MAMANDO NO PEITO
Outro trabalho dos guias maternos era incentivar a amamentação no peito pela mãe --campanha que ganhou forma já no final do século 19.
Nessa época, as mulheres ricas mantinham amas de leite, ou seja, mulheres que tinham dado à luz e que ganhavam uns trocados para amamentar os bebês da elite.
"A preocupação dos médicos era com a transmissão de doenças pela amamentação e com a saúde dos bebês das amas, que ficariam com menos leite", explica Magalhães.
Esse discurso vai mudando conforme o leite industrializado ganha força no Brasil --época em que a indústria de alimentos também passa a produzir guias maternos para divulgar os seus produtos.
A ideia de levar a higiene para casa ensinando as mulheres não foi uma novidade dos guias para as mamães.
De acordo com Magalhães, as professoras da escola normal (para meninas) já educavam as garotas sabendo que elas levariam conceitos de higiene para toda a família.
Mas, no caso dos guias, havia uma proposta de responsabilizar a mulher pelas práticas de higiene. "A figura do homem quase não aparece nos livretos", diz Magalhães.
Isso só muda na década de 1950, quando a mulher ingressa com mais força no mercado de trabalho. Mesmo assim, o homem só aparece nos livretos como a figura que dá a palavra final.
Fonte: Jornal Folha de são Paulo http://tinyurl.com/6v4oaj2

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Exercícios de Yoga para quem trabalha muito tempo sentado


Estudos recentes revelaram que ficar muito tempo sentado é pior do que se pensava anteriormente.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Ler - Luís Fernando Veríssimo

8 atitudes para ser um bom pai



Pai e filha: o toque reforça a presença e é essencial para o desenvolvimento da criança
O passar do tempo – e o movimento feminista iniciado na década de 1970 – trouxeram algumas mudanças no papel do pai. Os brasileiros que seguem o modelo dos “pais suecos”, por exemplo, provam que a criação dos filhos só pela mãe já não é mais absoluta. Mas, assim como a maternidade, a paternidade também tem suas características de adequação.

“Ainda temos resquícios de uma educação que nos ensinou que a responsável pelos filhos é a mãe”, diz a terapeuta familiar Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Mas, aos poucos, eles começam a deixar o papel de provedor exclusivo para serem participantes ativos na vida das crianças. “O termômetro é a reunião de pais e mestres nas escolas. Já existe uma participação muito maior dos pais hoje em dia”.

A educadora Cris Poli, também conhecida como a “Supernanny” brasileira e autora do livro “Pais Responsáveis Educam Juntos” (Mundo Cristão), concorda com a importância da participação dos pais na vida das crianças. Ela ressalta que, assim como não existe uma mãe ideal, tampouco existe um modelo de pai. Mas algumas dicas podem ajudar.

1. Participe ativamente – e com frequência

Participar só quando chega o boletim da escola não vale: é preciso se aproximar do cotidiano da criança. “O pai deve participar como quem vai dar o limite, quem vai estimular e elogiar, quem vai acompanhar a criança”, diz Quézia Bombonatto. Segundo ela, cinco minutos por dia já podem ser muito importantes para o desenvolvimento da relação de ambos. Mas não adianta pegar apenas um dia do mês e, de alguma forma, tentar “tirar o atraso”. A proximidade se constrói aos poucos e é importante para a criança sentir que pode confiar no pai e que está sendo valorizada. “É preciso, por exemplo, acompanhar o que está acontecendo na escola, e não somente perguntar quais notas ela tirou”. Transformar estes momentos em significado para a criança já é um bom começo.

2. Não confunda atenção afetiva com atenção material

Ao testemunhar um mau comportamento dos filhos, muitos pais se queixam dizendo “Mas não está faltando nada para ele”. Não está faltando nada mesmo? Carinho não pode ser trocado por presentes. “A presença é muito importante”, diz Quézia. Se envolver com os filhos não se resume a levar um chocolate no final do dia, ao voltar do trabalho.

3. Seja carinhoso

Muitos pais confundem masculinidade com falta de afeto e evitam beijar e abraçar a criança. Essa falta não pode ser excessiva: o pai pode e deve mostrar o amor que sente pelo filho. Segundo Cris Poli, é preciso haver uma interação física com a criança também durante as brincadeiras. Às vezes o pai prefere não brincar de boneca com as filhas, por exemplo, por ficar constrangido, mas é preciso se adaptar. E fazer brincadeiras com interação mais pessoal – ficar somente no computador e no videogame não é uma solução. A criança precisa de afeto.

4. Não seja autoritário, mas tenha autoridade

Muitos homens confundem autoritarismo com masculinidade e se tornam pais que se impõe por meio do berro e da ameaça. Para o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, especialista em desenvolvimento humano e paternidade, os pais devem evitar a imposição de regra pela regra. “É muito prejudicial as crianças serem obrigadas a fazer isso ou aquilo porque o pai mandou, sem que haja alguma explicação maior”, diz. A autoridade fica superficial, pois aquela ordem não faz nenhum sentido para a criança.
Para Cris Poli, pais com perfil autoritário impedem a criança de expressar sentimentos e pensamentos com facilidade, pois ela não se sente respeitada. “Se um pai é autoritário e se impõe pela força e pelo medo, acaba inibindo a criança. Ela pode crescer mais tímida e introvertida, com dificuldade para se expressar”, diz. Limites devem ser construídos – e não impostos.

5. Não seja excessivamente permissivo

Na contramão dos pais autoritários estão os pais permissivos. Embora afetuosos, eles não se dispõem a estabelecer limites para os filhos. E terminam sendo ausentes. Segundo Cris Poli, os pais demasiadamente permissivos deixam de se posicionar e preferem deixar o filho fazer tudo o que quer. “É aquele pai que costuma dizer: ‘vê com a sua mãe’ e nunca toma as decisões”, diz a “Supernanny”.

6. Se posicione como pai

Para Cris Poli, o erro mais recorrente dos pais é não tomar uma postura em relação à educação dos filhos. “A ausência, a falta de posicionamento e de autoridade são uma carência muito forte”, diz ela. Essa regra vale não só para a hora de tomar decisões, mas também para os afazeres miúdos e os cuidados do dia a dia, como o banho, a comida e as brincadeiras. Até porque as modalidades de diversão e aprendizagem da mãe costumam ser diferentes da do pai. “O lúdico é importante e deve vir dos dois”, defende Quézia.

7. Exija seu espaço

De acordo com a psicóloga Camila Guedes Henn, do Núcleo de Infância e Família (NUDIF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a mãe também deve dar espaço para a entrada do pai na vida dos filhos. “Às vezes elas não acreditam muito na capacidade do pai de cuidar da criança, e é algo que não pode acontecer”, diz. A figura masculina também é importante e deve atuar em colaboração com a mãe, trocando opiniões sem que um desautorize o outro.



Brincadeiras reforçam o vínculo entre pais e filhos

8. Seja um bom cidadão

Um bom pai é também um bom marido e um bom cidadão. De acordo com o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel, todo o ambiente ao redor da criança influencia na formação dela e a figura do pai também conta. Para os filhos crescerem da melhor maneira possível, portanto, os pais devem ser maduros emocionalmente. “O homem e a mulher precisam saber quais são os próprios valores diante de uma sociedade que muitas vezes os leva a conhecer pouco sobre si mesmos e a serem competitivos e consumistas”, resume ele. “Para ser um bom pai é preciso procurar, antes, ser um bom ser humano”, completa.
Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/educacao/8-atitudes-para-ser-um-bom-pai/n1597212541168.html

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

7 Árvores excepcionais de ‘outro mundo’

No mundo inteiro, existem árvores extremamente fantásticas que parecem vir de outro planeta; exóticas, perfumadas, fecundas, ou simplesmente lindas. Que tal fazer uma pausa e se recostar sobre a sombra de alguns desses seres vivos excepcionais? Fonte:  http://hypescience.com/7-arvores-excepcionais/
1 – Sangue de Dragão
Provavelmente a mais sobrenatural e misteriosa de todas, a árvore de sangue de dragão tem a paisagem de aparência mais alienígena da Terra. A resina vermelha que a árvore produz é usada em batons, magia ritual e alquimia. Em rituais de vodu, parece atrair amor ou dinheiro (nunca os dois, já sabe né) ou pode simplesmente ser usada para refrescar o hálito ou como pasta de dente.
2 – Abricó-de-macaco ou árvore bola-de-canhão
A árvore apropriadamente chamada de bola-de-canhão, comum a partes do norte da América do Sul e Caribe, muitas vezes exige uma placa de alerta embaixo dela: seus frutos podem cair quando maduros, e uma vez que têm mais de dez centímetros de diâmetro, podem facilmente matar um homem. Não é legal plantar essas árvores perto de calçadas e ruas. Mas se conseguir chegar perto, entretanto, você terá uma grande visão de suas flores incríveis.
3 – Bombax ou árvore do algodão de ceda
Outra árvore com flores exóticas fantásticas é a Bombax, também conhecida como árvore do algodão de seda. Essa árvore pertence a uma família de baobá, é originária da Índia e traz muita cor para as ruas do Oriente Médio e Ásia (especialmente Israel e Índia). Tem grandes flores vermelhas, tão intensamente coloridas que quase parecem ser feitas de plástico. Aparentemente, essa árvore magnífica pode ser cultivada em miniatura, como uma árvore de bonsai, a partir de uma única semente plantada (esquerda). À direita, outra da família, Bombax ellipticum, em forma de concha de tartaruga. Um tipo de árvore Bombax ainda tem uma história sinistra associada a ela: de acordo com o folclore de Trinidad e Tobago, o “Castelo do Diabo” é uma árvore do algodão de seda que cresce nas profundezas da floresta em que Bazil, o demônio da morte, foi preso por um carpinteiro. Segundo a lenda, o carpinteiro enganou o diabo para entrar na árvore (na qual ele esculpiu sete quartos, um acima do outro), e Bazil ainda reside lá. Por último, essas árvores ainda podem ter raízes enormes, como as da foto abaixo, um emaranhado incrível no lago Camecuaro, no México.
4 – Árvore-de-pão-de-macaco
Falando de baobás, a árvore-de-pão-de-macaco pode vir em muitas formas estranhas, como o formato de garrafa da foto da direita, ou pode alcançar o céu com a raiz nua, como galhos, criando a ilusão de ser plantada de “cabeça para baixo” (à esquerda). Baobás armazenam muita água em seus troncos inchados: até 120.000 litros. Alguns troncos vazios eram tão grandes que foram rotineiramente usados como prisões na Austrália Ocidental. Em uma árvore, podia caber até 5 pessoas dentro. E porque esse nome? Pão de macaco? Complicado dizer. Os frutos da árvore são também chamados de “frutas de Judas” (a fruta tem 30 sementes dentro, como 30 “moedas de prata”). As flores brancas (direita) são polinizadas por morcegos. Como presente, as foto abaixo foram tiradas no local onde essas árvores podem ser melhor fotografadas, em Madagascar.
5 – Figueira-de-bengala
Essa é uma figueira enorme, com uma sombra maravilhosa: a árvore Banyan (Ficus benghalensis) é a árvore nacional da Índia, também chamada de figueira-de-bengala. No país, as pessoas adoram esta árvore, vagando entre suas poderosas raízes aéreas: ela pode crescer tanto quanto um quarteirão inteiro, como, por exemplo, a Grande Árvore Banyan, que por si só é uma floresta (sim, a foto abaixo é de uma única árvore). Em um ponto da história, essa era a maior árvore do mundo em termos de área da copa; uma estrada de 330 metros de comprimento foi construída em torno de sua circunferência, mas a árvore continua a se espalhar para além dela. A circunferência de todo o complexo de árvores cultivadas a partir de um ancestral central – ainda muito vivo e com tudo conectado a ele – é medida em quilômetros.
6 – Tulipeira
A bisnagueira, tulipeira-do-gabão ou chama-da-floresta tem o potencial de se tornar uma espécie invasora, mas muitas vezes é plantada em áreas urbanas. Quem sabe um dia veremos uma cidade inteira tomada por essas grandes florações laranjas. As sementes dessa espécie também são polinizadas por morcegos (e acredita-se que crianças usem seus botões para brincar de esguichar água uns nos outros). As flores podem ser um pouco irritantes, mas a árvore em si tem uma forma muito bonita.
7 – Jacarandá
Joia da Austrália e da Nova Zelândia, a árvore Jacarandá tem belas flores roxas.
Bônus
Conheça outras árvores com formas esquisitas, moldadas pelo vento, ou por outros elementos naturais… …ou moldadas por seres humanos, como parte de uma certa arte arbórea, arquitetura viva! Mesmo árvores mortas podem ser bastante expressivas: E por fim, fique com a imagem do que é provavelmente a árvore mais encantadora do mundo. Para quem é fã de Tolkien (autor de O Hobbit e Senhor dos Anéis), dá quase para ouvir o canto dos elfos, não?[DarkRoastedBlend]

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Crianças que passam mais tempo vendo TV têm mais problemas na escola

As crianças pequenas que passam muito tempo em frente à televisão podem enfrentar problemas na escola no futuro, com menores notas em matemática e intimidação por parte dos colegas, segundo estudo canadense publicado na edição de maio da revista Archives of Pediatric and Adolescent Medicine. Além disso, avaliando mais de 2 mil crianças, os pesquisadores observaram que aquelas que passam mais tempo vendo TV aos dois anos são mais gordinhas aos dez e consomem mais refrigerantes e fast food.
Os resultados indicaram que cada hora adicional por semana de televisão em 29 meses corresponderia a uma queda de 7% na atenção na sala de aula, de 6% nas habilidades matemáticas e de 13% nos níveis de exercícios das crianças. E esse tempo extra também foi associado a crianças com 10% mais chances de serem intimidadas pelos colegas e com 5% mais peso, comparadas àquelas que seguem as recomendações da Academia Americana de Pediatria – de nenhuma exposição à TV antes dos dois anos e de menos de duas horas diárias após os dois anos.
“Os resultados apoiam sugestões anteriores de que a exposição precoce à televisão prejudica a atenção”, escreveu a pesquisadora Linda Pagani, líder do estudo. Os especialistas acrescentam, ainda, que crianças que passam mais tempo vendo TV e menos tempo brincando com outras crianças podem perder chances valiosas de aprender habilidades sociais.

Fonte: www.coisasinteressantes.com.br/blog/

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Projeto combate a mortalidade infantil

Gestantes do Jacintinho são acompanhadas do pré ao pós-parto e crianças têm assistência no primeiro ano de vida
  
Com o objetivo de contribuir para a redução da mortalidade materno-infantil, o Hospital Nossa Senhora da Guia (HNSG) vem implementando ações de acompanhamento de gestantes e bebês que vivem em um dos bairros mais carentes de Maceió, onde são altas as taxas de natalidade e mortalidade materna e infantil. “Dados da Secretaria de Saúde apontam que 65% dos óbitos infantis são por causas evitáveis. Um índice muito alto, e nós temos que contribuir para reduzi-lo", diz a gerente de Unidades Externas da Santa Casa de Maceió, Rejane Paixão.

Por meio do Projeto Jacintinho, uma iniciativa do Hospital Nossa Senhora da Guia que conta com a parceria das secretarias Municipal e Estadual de Saúde, as gestantes do bairro são acompanhadas desde o pré-natal até o pós-parto e as crianças têm assistência médica garantida no primeiro ano de vida. A meta é zerar o índice de mortalidade infantil por causas evitáveis.


Iniciado no último mês de maio, o Projeto Jacintinho conta com uma equipe multiprofissional formada por obstetras, pediatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas e nutricionistas. Durante o pré-natal, as gestantes recebem orientações sobre exames e nutrição, têm atendimento psicológico e são cadastradas para receber a cesta nutricional ofertada pelo governo às gestantes com risco nutricional. Além disso, as equipes do HNSG também dão orientações voltadas para outras áreas como a de cidadania.

"Se for uma gestante que venha sem a condição civil plena, seja menor ou maior de idade, nós fazemos uma orientação para que ela se organize e vá fazer a documentação para que, assim, comece a se perceber como cidadã", destacou Rejane.

As orientações passadas às gestantes durante o pré-natal ajudam a combater doenças que possam vir a acontecer durante o período de gestação - sejam elas sexualmente transmissíveis ou não. Também contribuem para que as futuras mães tenham uma alimentação saudável e sejam encaminhadas para vacinação, por exemplo.

ACOMPANHAMENTO DAS CRIANÇAS

Depois que nascem, as crianças também têm acompanhamento médico garantido por um período de um ano. O primeiro retorno ao hospital é agendado para oito dias depois do parto, mas o acompanhamento continua sendo feito mensalmente até que a criança complete um ano de idade. Segundo a médica pediatra Délia Herrmann, o HNSG montou um ambulatório para atendimento das crianças que nascem lá. O local funciona nos períodos da manhã e da tarde e tem como meta o atendimento de 400 crianças da região.


"As crianças nascem no hospital e são agendadas para o retorno na primeira semana, e a partir daí nós fazemos a puericultura, que é o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dessa criança até o primeiro ano de vida", conta a pediatra, explicando que, nesse período, as mães também são orientadas sobre vacinação e cuidados para evitar acidentes com as crianças, além de serem estimuladas a fazerem o aleitamento materno.

Parto normal reduz riscos

O estímulo ao parto natural também faz parte do Projeto Jacintinho, por ser uma forma de reduzir os riscos tanto para as mães, quanto para os bebês. Segundo Rejane Paixão, cerca de 60% dos partos realizados no Hospital Nossa Senhora da Guia (HNSG) são cesarianas, enquanto apenas cerca de 40% das crianças nascem de forma natural. Inverter esse dado é um dos desafios.

No pré-natal, a equipe multidisciplinar do projeto orienta as gestantes sobre os benefícios do parto natural e ajudam a fazer com que o medo, considerado o grande vilão, deixe de existir.

"Elas chegam procurando o parto cesariana e o que percebemos é uma falta de conhecimento. Elas acham que dói menos, que vão sofrer menos e que o processo é mais rápido, e nós queremos desmistificar isso, fazendo com que elas entendam que o processo da dor pode ser aliviado e que o parto natural é mais seguro. Temos que ganhar a confiança das mães, pois o medo ainda é o grande vilão", fala Rejane.


De acordo com o médico obstetra Antônio Carlos Moraes, a melhoria da qualidade do pré-natal é fundamental para que a gestante chegue ao parto esclarecida sobre o momento que vai viver, além de também ser de grande importância para a diminuição dos riscos de infecções que podem vir a causar problemas na hora do nascimento do bebê. As orientações passadas às pacientes também visam reduzir o número de cesarianas nas mulheres que já tiveram parto normal e querem fazer cesárea, aproveitando a hora do parto para fazer a laqueadura.


"Esse não é o procedimento ideal porque o risco cirúrgico é muito maior que o parto normal. A gestante fica exposta a hemorragias e infecção. E hoje, o que mais causa a morte de grávidas são as infecções, a hemorragia e a hipertensão. Quando a mulher se submete a um procedimento desnecessário, como a laqueadura durante a cesárea, aumenta o risco de infecção e morte", conta o obstetra.


Tendo isso em vista, o HNSG criou um programa de laqueadura, que visa o retorno das mães que estão aptas ao procedimento depois do nascimento do bebê.

"A mãe tem a criança de forma normal, depois volta para consulta pós parto, faz exames e com 60 dias, estando tudo certo, ela pode fazer a laqueadura. Temos todo um protocolo a seguir. A mulher tem que ter no mínimo 25 anos e dois filhos vivos, por exemplo", destaca Antônio Carlos.
Aumenta procura pelo pré-natal

Segundo o médico Antônio Carlos Moraes, após a implantação do Projeto Jacintinho, a procura pelo pré-natal pelas gestantes residentes no bairro aumentou. Apesar disso, muitas mães ainda procuram o hospital quando estão com a gestação avançada, quando o ideal seria iniciar o pré-natal antes das 12 semanas.


"Nós percebemos o aumento do número de pessoas procurando o pré-natal. Hoje vão muitas mães do Jacintinho. Apesar disso, nós atendemos gestantes em trabalho de parto que chegam com duas, três consultas, e que não tiveram acesso aos exames necessários, quando o ideal é que elas tenham, no mínimo, seis consultas", afirma.


Quando o pré-natal é iniciado antes das 12 semanas, as gestantes têm acesso às informações necessárias e evitam perigos como o de se exporem a alguma droga ou medicamento, realizar algum exame que possa interferir no desenvolvimento do bebê ou pegar uma infecção. "Quanto mais cedo se captar essa gestante, melhor", diz.


No HNSG, o estímulo ao parto normal também está associado à fisioterapia. "A fisioterapia faz um trabalho importante no auxílio da orientação de postura e respiração da paciente, além de orientar sobre algumas posições que as gestantes podem ir trabalhando em casa, fazendo exercícios que ajudam na hora do parto", falou.


A ajuda psicológica também é importante e faz parte do projeto. No caso das adolescentes, por exemplo, grupos são formados e recebem atendimento de psicólogos. 

Fonte: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=237237

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Local propício ao bullying

Pesquisa mostra que alunos que estão abaixo ou acima do peso são mais discriminados e agredidos pelos colegas
A Educação Física é uma das disciplinas Escolares que mais atrai os estudantes, seja pelos esportes ou pela aula fora da sala e longe do quadro negro. Mas é nesse ambiente, que o bullying agressão física, moral ou psicológica pode ser reforçado entre os alunos.

Pesquisa realizada por um mestre em Educação Física aponta que o padrão de beleza propagado pela mídia determina os fracos e fortes no ambiente Escolar. Segundo Marcos Paulo de Oliveira Santos, idealizador do estudo, nas aulas práticas, devido à evidência maior do corpo, o estereótipo acaba oprimindo quem não se enquadra no perfil.

O aluno acima do peso ou bastante magro torna-se vítima da agressão. A adolescência é a faixa etária de maior vulnerabilidade. Analisar, compreender e interpretar os efeitos do bullying nessa fase são fundamentais para que a ajuda se dê de modo eficiente.

Penso que a Educação Física, ao contrário do que se possa imaginar, é rica de possibilidades para diminuir ou mesmo acabar com essa violência. Basta algumas mudanças metodológicas , afirma.

Foram aplicados questionários a 125 alunos de Escola pública. 46% deles afirmaram sofrer algum tipo de violência durante a disciplina. Segundo o estudo, a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) classifica que o aceitável seria 5%.

MAUS TRATOS
Dentre os maus tratos mais comuns estão a ameaça (11,2%), os danos materiais (7,30%) e a exclusão dos esportes coletivos (7,2%). Os alunos da 6ª série de uma Escolapública contam que o bullying ali é normal e, ao sofrerem a agressão, o sentimento que prevalece é a humilhação.

Acho muito injusto alguém não poder jogar porque não foi escolhido pelo grupo. É triste, acho que ninguém é melhor. Todo mundo tem que participar , diz I.M., 12 anos.

Ela conta que em sua turma as agressões são frequentes. Pessoas estranhas, caladas demais, que não jogam bem ou não são populares são excluídas. Os ofendidos relatam que se sentiram mal com a agressão (20,8%), tristeza (12,8%) e não tiveram reação (10,4%).

Segundo o estudo, esses sentimentos podem levar o indivíduo à evasão Escolar, síndromes diversas, ideias suicidas e mesmo vingança. Para a estudante G.M., 12 anos, não deveria existir bullying. Todos deveriam se respeitar. Os agressores não podem se esquecer que um dia eles também podem ser uma piada ou passar pela mesma vergonha que eles fazem o colega passar , lembra.

A pesquisa mostrou que o silêncio acaba sendo a opção para quem sofre a violência. Dos entrevistados, 16,8% não contaram a ninguém. Os pais foram a opção de apenas 10,4% dos alunos, deixando para os amigos (12%) a confissão sobre a agressão.

O fenômeno bullying caracteriza-se pela violência física, moral ou psicológica praticada por uma ou mais pessoas por causas variadas. Como a Educação Física, enquanto disciplina tem por objeto o corpo, pode reforçar o bullying criando estereótipos, ou pode, também, ser uma importante ferramenta no combate a esse mal, que cresce assustadoramente na sociedade contemporânea e apresenta consequências funestas.

A pesquisa foi dividida em três frentes: agressor, vítima e espectador. Segundo o artigo, o agressor se alegra em oprimir, humilhar, subjugar os mais fracos. Também é impulsivo, vangloria-se diante da sua superioridade física e adota constantemente condutas anti-sociais.

O papel de vítima é divido em três, a saber: a vítima típica: é a pessoa que sofre constantemente agressões físicas e/ou morais. A vítima provocadora: é a pessoa que atrai ou provoca as reações agressivas para si, mas não consegue resolver a situação. A vítima agressora: é a pessoa que reproduz as agressões físicas e/ou morais sofridas. Obviamente que em indivíduos mais frágeis.

Existe ainda o espectador, que apenas assiste a tudo de maneira tácita (lei do silêncio) e não defende a vítima por medo de uma represália, nem se junta ao agressor.

A amostra desse estudo foi composta por 125 estudantes da 6ª série do ensino fundamental, sendo 59 do sexo masculino e 66 do sexo feminino, na faixa etária de 11 a 14 anos, de uma Escola pública de Taguatinga Sul.
Fonte: Jornal de Brasília

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Qual o perfil do seu filho na escola? Descubra como ele aprende

Ativo, prático, teórico ou reflexivo? Ajude seu filho de acordo com o perfil dele


Ativo
Perfil
Curioso e comunicativo, é rápido para realizar atividades e não permanece muito tempo fazendo a mesma coisa.

Como age
Gosta de ajudar os outros e de inventar coisas novas para fazer. Prefere mudar o lugar de brincar ou estudar.

Na escola
Conversa e trabalha ao mesmo tempo.

O que funciona
Variar os lugares e as pessoas com quem ele convive.

Dica
Coloque-o em contato com atividades diferentes, para estimular a criatividade. Não o deixe parado por muito tempo.

Reflexivo
Perfil
Cuidadoso e perfeccionista, presta atenção nos detalhes e não gosta de ser pressionado.

Como age
Se preocupa com o que os colegas pensam e nunca toma uma decisão sem antes pesar os dois lados.

Na escola
Evita dar a opinião antes dos outros.

O que funciona
Estimulá-lo a falar sobre os desejos e desafios do dia.

Dica
Por mais que seu filho demore a tomar uma decisão ou concluir um trabalho, respeite o tempo dele. Reflexivos não funcionam com prazos apertados ou cobranças excessivas.

Prático
Perfil
Confiante, ele sabe como aplicar os conhecimentos. É decidido e está sempre antenado nas novidades.

Como age
Funciona bem sozinho e não liga para o que os outros pensam.

Na escola
Independente e muito determinado.

O que funciona
Incentive-o a agir: que tal fazerem um bolo juntos?

Dica
Há algum brinquedo ou eletrodoméstico quebrado em casa? Deixe seu filho desmontá-lo e ver como ele funciona por dentro. Com esse perfil, não adianta falar muito...


Teórico
Perfil
Organizado, ele planeja bem todas as ações. Tem opinião e sabe o que quer. Gosta de descobrir o porque de todas as coisas.
Esta reportagem faz parte do Projeto Educar Para Crescer.
Como age
Ao brincar, conversar com os amigos ou jogar videogame, sabe exatamente o que quer e o que fará primeiro.
Na escola
Põe as informações em ordem para resolver um problema.
O que funciona
Perguntar a opinião dele e deixá-lo se arrumar sozinho.
Dica
Não enrole para responder as perguntas que ele fizer. Seja honesta se não souber a resposta.


Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/familia/reportagem/educacao/qual-perfil-seu-filho-escola-descubra-como

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como ajudar as vitimas de violência sexual na sua reintegração à sociedade




Como ajudar as vitimas de violência sexual a se reintegrarem a sociedade


Relembrando o caso de uma vizinha que sofreu violência sexual quando éramos crianças, comentei com meu marido que a gente precisa fortalecer não só a cobrança de justiça e a prevenção de situações como esta, mas reforçar a capacidade de sobreviver e de serem felizes independentemente das situações adversas pelas quais passaram e das quais foram vítimas. Ao vir para o computador me deparei com esta notícia:


“A americana Jaycee Dugard, que passou 18 anos em um cativeiro após ser raptada aos 11, em 1991, deu a primeira entrevista à TV desde sua libertação, em 2009, assista ao vídeo com trechos da entrevista.”


O caso, que pode ser conhecido aqui, me faz pensar em outros dois aspectos do nosso papel social diante de casos como este.


Em primeiro lugar, como no caso dos longos sequestros na Austria, eu me pergunto se não devemos repensar os conceitos de respeito à privacidade e reagir com mais veemência quando nos deparamos com situações “estranhas e suspeitas” na nossa vizinhança. Neste caso, anos depois do sequestro (e quando a menina já era mãe de duas crianças) um vizinho avisou à polícia local de suspeita de cativeiro no emaranhado de barracas (sério, barracas, ao ar livre, nada de bunker/porão como no caso austríaco) e os policiais respeitaram o espaço da propriedade privada, deixando de flagrar o crime.


Em segundo lugar me pego pensando na importância de criarmos uma estrutura social, muito além de clínicas ou centros de apoio, mas de “educação social” geral e coletiva para apoiarmos, abraçarmos e reinserirmos na sociedade, de forma saudável e honesta, estas vítimas. Tem importância inegável a prevenção a estes crimes – e no @avidaquer sempre trago estes temas à tona, divulgando grupos que atende às vítimas e aos grupos que vivem sob risco – e a punição dos criminosos, mas é momento também de pensarmos, de forma leiga e humana, como podemos receber as vítimas de volta e apoiá-las de forma a continuarem suas vidas e, finalmente, viverem toda plenitude de suas vidas, de seu potencial e de sua felicidade no cotidiano.


Se você, leitor, souber de espaços que trabalhem com foco nesta promoção humana, por favor, compartilhe nos comentários! E quem tiver alguma disponibilidade para ajudar, conte também como pode fazer, quem sabe não criamos um grupo?


Depois de publicar este post vi um artigo interessante de Ruth de Aquino contando um caso real britânico que envolve esta reação de uma vítima de violência sexual doméstica. Com o título Menina estuprada se forma em Direito e consegue prender o padrasto 20 anos depois, o texto conta a história de Tina Renton e relembra que “a lição mais importante a se tirar deste caso é que, mesmo anos depois de uma criança ser sumbetida a abusos desse gênero, o culpado ainda pode ser condenado e preso”. E ainda informa que “Segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, cerca de um milhão de crianças são vítimas de violência sexual no mundo a cada ano. E todos os estudos apontam para um fato muito triste: a grande maioria sofre abusos de um parente, ou alguém que more em sua própria casa. No Brasil, um levantamento de 2008 do Ministério da Saúde com base em atendimentos em hospitais públicos de 27 municípios indicou que 800 crianças foram vítimas de estupro naquele ano. Estima-se que o número real seja bem mais elevado porque muitos abusos não são registrados.”
Fontes: http://www.samshiraishi.com/como-ajudar-as-vitimas-de-violencia-sexual-na-sua-reintegracao-a-sociedade/ BBC brasil

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cresce o hábito da leitura


A criança e o adolescente brasileiros estão lendo mais. Esse foi o diagnóstico traçado na quarta-feira (8) no 2.º Encontro Nacional do Varejo do Livro Infantil e Juvenil, realizado dentro do 13.º Salão Nacional do Livro Infantil e Juvenil, no Rio de Janeiro. De acordo com pesquisa divulgada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), do total de 12 mil títulos novos lançados no país em 2010, cerca de 2,5 mil foram direcionados a crianças e adolescentes. “A própria produção é uma comprovação de que as nossas crianças e jovens estão lendo mais”, afirmou à Agência Brasil a diretora da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, Ísis Valéria Gomes.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nossos filhos e os "perigos" da tecnologia


Quer saber o que eu acho sobre toda essa discussão sobre tecnologia e bebês, tecnologia e crianças, os perigos da internet e da vida conectada e blá blá? Frescura. Uma baita frescura.
Quando eu nasci, em 1984, meu pai já tinha um computador. Era um MSX, bonitão que nem esse aí da foto ao lado, que ficava no quarto mais divertido da minha casa. Eu não sabia escrever ainda, mas já me divertia com o computador, seja fingindo que  escrevia alguma coisa ou jogando um dos joguinhos que meu pai colocava lá pra mim (setinha pra cima, setinha pra baixo, espaço!). Hoje, o celular aí no seu bolso tem uma memória bem melhor do que ele tinha – 64KB de RAM, uhu! -, e muito mais funções. Então é óbvio que aquele computador não fazia muita coisa e não era nem de longe tão necessário pra gente como os nossos são hoje. Mas pra mim, criancinha, ele ainda era um dos objetos mais legais da casa, que fazia parte da minha vida, das minhas brincadeiras e dos meus sonhos. O que eu poderia fazer com ele quando crescesse? Construir um robô? Falar com os extraterrestres? Ou quem sabe conversar em tempo real com alguém do outro lado do mundo…
Além do computador, povoaram a minha infância videogames (quantas aulas não matei pra tentar zerar o Sonic… epa, Luisinho, não siga meu exemplo!), televisões, proto-celulares e afins. Lá em casa, recebíamos todas as novidades tecnológicas com muita empolgação – e muito esforço pra tentar comprar as que eram muito caras. Aos poucos, fomos aprendendo a conviver com essas maquininhas fantásticas. E descobrimos na prática os limites que cada uma delas merece. Quando alguém demorava pra sair de casa porquê não conseguia desgrudar do computador, por exemplo, meu pai falava “VAI FALTAR LUZ!” e puxava o fio da tomada. Pronto, desconectou.
Quando eu tinha uns 11 anos, a internet chegou pra gente. Novamente, empolgação, mas não alarde. Quer dizer… só quando a conta do provedor chegava, extrapolando aquelas 9 horas mensais contratadas. Ops!
E aí, alguns anos depois, estou eu aqui blogando sobre meu filho (e pagando uma bagatela pelas horas que eu quiser!) e vem alguém me dizer que a internet é perigosa. Você já deve ter visto: vez por outra tem revista, jornal, site e até blog levantando uma bola sobre o assunto. Tudo bem, discutir é legal. E é claro que com um computador conectado com outros do mundo inteiro, tudo parece um pouco mais arriscado.
O nome do blog é Mãe Geek, mas eu nunca tinha falado sobre esse assunto aqui, porque, sinceramente, acho meio desnecessário. Talvez você já não tenha parado para filosofar a respeito (ou já esteja até cansado do assunto), mas nada disso é novidade. Me dá umas coceiras toda vez que ouço falar em “novas midias”. Novas pra quem? Em que tribo você estava morando nos últimos 10 anos, ô cara pálida? Pra mim, já deu tempo de aprender quais são os principais perigos da vida online e como fugir deles.
Já sabemos que uma foto de um bebê na banheirinha pode ter um significado esquisito pra algumas pessoas doentias. Então é só escolher o que deve ser publicado. E não é difícil achar a medida correta? É, concordo. Mas a gente vai acertando aos poucos, assim como vamos acertando todo o resto da vida. Como quase tudo que de repente fazer parte da nossa rotina. Há pouco tempo, eu não sabia fazer papinha de bebê, por exemplo. Às vezes a gente se dá um pouco mal, vê que errou a medida, que fez caca, daí volta lá, dá um ctrl+z, tenta novamente e uma hora acerta a medida.

Concordo também com o senso comum de que os pais tem que ficar sempre de olho nos filhos, mas isso é meio óbvio. Não dá pra deixar uma criança navegar livre leve e solta na internet, assim como também é perigoso deixá-la atravessar a rua sozinha até uma certa idade. E cabe a todo pai e toda mãe decidir o que acha melhor pro filho e o que deve ou não permitir. Afinal, aceitar balinha de estranhos pode? Entrar em chat de adultos também não. É uma questão de bom senso. E os absurdos que a gente vê por aí só provam que existe gente sem noção no mundo, com ou sem um mouse na mão.
O que não concordo é com a importância que algumas pessoas dão aos “PERIGOS” dessas maravilhas da vida moderna que são os eletrônicos. E com as milhares de discussões abobadas em torno deles. Afinal, eles são tão lindos, adoráveis, agradáveis, amáveis, facilitam nossa vida, ensinam e divertem, que quem abre a boca pra falar mal deles sem um bom motivo merecia passar um ano vivendo no Rajastão a pão e água e com um celular pré-pago sem crédito.
Mesma pena que eu gostaria de aplicar a quem ouço dizer que a internet é perigosa (e respirar dá câncer, viu), que videogame deixa a criança violenta (já jogou futebol?), que criança que assiste muita TV fica burra (passei minha infância na frente de uma e o meu cérebro não derreteu).
Enfim, os pontos positivos de toda a tecnologia que nos cerca são tão infinitamente mais importantes do que os negativos, que, na verdade, acho que nem deveríamos estar tendo essa conversa. Minhas aventuras como mãe de primeira viagem seriam infinitamente mais difíceis se eu não tivesse a internet cheia de informações a meu dispor. E muito mais solitárias se eu não tivesse esse blog com vocês me acompanhando e todos os outros que eu acompanho todos os dias. E, de quebra, ainda fico aliviada em saber que meu filho vai ver muito mais inovações tecnológicas do que eu vi e que elas ainda vão facilitar muito a vidinha dele. Imagine só o tanto de coisas inúteis que eu tive que decorar na escola (e já esqueci) que ele vai poder simplesmente procurar no Google. Assim, vai sobrar muito mais tempo pra jogar videogame com a mamãe.
É claro que essa discussão ainda vai longe. Afinal, ela vem de longe. Nunca perguntei, mas certamente alguém dizia pro meu pai que aquele negócio de deixar eu e meu irmão brincarmos com um MSX não era uma boa. Bem antes disso, imagino que, em algum momento da história, alguém repreendeu uma mãe que deixou o filho brincar com uma roda. Afinal, aquele novo invento parecia perigoso demais. Imagine levar uma rodada na cabeça, né? Podia até matar.
 
Mãe Geek — www.maegeek.com — é o site da nossa jornalista amiga e mãe de primeira viagem Gisela Blanco. Republicado com permissão. 
Fonte: http://www.gizmodo.com.br/conteudo/nossos-filhos-e-os-perigos-da-tecnologia/

domingo, 18 de setembro de 2011

Americano de dez anos faz sucesso como crítico de restaurante

DA BBC BRASIL

Um americano de dez anos de idade está fazendo sucesso em Baltimore, nos Estados Unidos, como crítico gastronômico.
Eli Knauer divulga suas críticas e avaliações de restaurantes da cidade do Estado americano de Maryland e de mais cidades da costa leste americana em seu blog, chamado "Adventures of a Koodie" ("Aventuras de um garoto interessado em comida", em tradução livre).

Eli Knauer come hambúrguer no Morton's the Steakhouse, que ganhou cinco estrelas
Eli Knauer come hambúrguer no Morton's the Steakhouse, que ganhou cinco estrelas
Segundo a agência de notícias France Press, o blog tem, atualmente, cerca de 43 mil visitas.
O blog foi iniciado há cerca de um ano e Knauer já avaliou mais de 50 restaurantes.
Em seu blog, Knauer explica que "adora comer e experimentar novos restaurantes e comidas". "Este é um lugar para escrever a respeito de minhas aventuras em restaurantes e comida", diz ele.
Suas observações não se resumem apenas à comida. Knauer também avalia a receptividade do local à crianças, se o restaurante tem como manter as crianças entretidas e como é o cardápio voltado para crianças e o tamanho das refeições.
CARNE E QUEIJO
Em seu blog, Knauer conta sobre sua visitas principalmente a restaurantes onde são vendidas pizzas e sanduíches.
Nestas avaliações, o crítico se concentra em alguns aspectos dos pratos, como a "suculência" da carne e a "viscosidade" do queijo. Para esta categoria, ele até inventou uma palavra em inglês, "gooeness", a partir da palavra gooey (viscoso ou grudento).
"Inventei gooeness. Se você sabe como soletrar, fale em um comentário", escreveu Knauer em um post do dia 3 de junho.
As avaliações do crítico são rigorosas e, se ele não gosta de um prato já pedido, ele pede outro e avalia os dois, como o que ocorreu na lanchonete Max's Dog House, em New Freedom, na Pensilvânia, especializada em cachorros-quentes, que ele foi com a avó.
"Eu pedi um Jamaican Bacon com batatas fritas, churros e Oreos fritos. Quando experimentei meu cachorro-quente, ele estava tão picante, então eu pedi outro, o Ball Park. Quando chegou, eu experimentei e estava delicioso! Parecia os cachorros-quentes que você come em jogos!", escreveu Knauer.
Apesar de elogiar também a sobremesa, Knauer deu quatro estrelas para a comida e cinco estrelas para a receptividade da lanchonete à crianças, pois o lugar tinha uma área de jogos com computador e um Playstation 3, com pessoas que ajudam a entender os jogos.
ELEGANTE
Para uma entrevista dada à France Presse, Knauer e sua mãe foram ao que ele chamou de "restaurante elegante, pois as pessoas usam gravata borboleta e elegantes chapéus de chef", o Morton's the Steakhouse.
Mas, apesar de elogiar o atendimento e a atenção, Knauer se assustou com uma lagosta que era mostrada viva aos clientes e não aprovou o tamanho do hambúrguer que pediu.
"A carne era suculenta, o queijo era pegajoso e o bacon, crocante. Mas não consegui terminar, pois era tão grande e minha mãe queria que eu guardasse espaço para a sobremesa."
"Então, a sobremesa veio e quando eu digo [que era] enorme, eu digo mesmo [que era] ENORME!! Eu pedi o Lendário Sundae de Hot Fudge do Morton. Era tão grande que minha mãe disse que poderíamos dividir."
A avaliação da comida do Morton's foi boa, o crítico deu cinco estrelas. Mas, para a receptividade à crianças, Knauer deu apenas uma estrela e meia.
"Eu ia dar duas estrelas, mas quando cheguei em casa, passei mal de tanto comer. Se você quer levar seu filho ao Morton's, tenha certeza que o estômago dele esteja completamente vazio, para que ele possa comer tudo. E também tenha certeza que ele não coma todo o enorme Sundae de Hot Fudge, para não ter uma enorme dor de estômago!"
Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/bbc/932324-americano-de-dez-anos-faz-sucesso-como-critico-de-restaurante.shtml

domingo, 4 de setembro de 2011

Estamos na Bienal do Livro

Quem quiser conhecer nossos produtos de perto, dá uma passadinha na Bienal do Livro no Riocentro.
Estamos junto com a Oficina de Livros no Pavilhão Verde, rua P, 19, até o dia 11 de setembro.

Esperamos vocês lá!!!

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cresce mercado para parteiras no Brasil; USP oferece graduação

A Universidade de São Paulo (USP) oferece graduação para parteiras. Foto: Getty Images A Universidade de São Paulo (USP) oferece graduação para parteiras
teira parece coisa do passado, mas não é. No começo de 2005 a Universidade de São Paulo (USP) reabriu o curso de obstetrícia, e em 2008 formou os primeiros alunos. Essas profissionais, popularmente chamadas de parteiras, podem tanto trabalhar de forma autônoma, realizando os partos na casa das clientes, quanto auxiliando médicos na hora do nascimento dos bebês.
De acordo com a Associação Mundial da Saúde, o ideal é que haja uma parteira a cada 175 nascimentos. Para entrar no curso da USP, basta realizar o vestibular normal. De acordo com a coordenadora, Nádia Zanon Narchi, dos matriculados na faculdade, existem pessoas que migraram de outros cursos, como Psicologia, Enfermagem e Fisioterapia. Porém, cerca de 99% são jovens, sendo a maioria mulheres, que já tiveram alguma experiência anterior como doula, que realiza o acompanhamento da mulher durante a gravidez, o parto e pós-parto.
O principal motivo para a reabertura do curso foi a falta de profissionais altamente qualificado, pois existem poucas pessoas da área de enfermagem que fazem uma especialização em obstetrícia.
O curso é estruturado em 3 principais eixos. A biologia, com disciplinas como anatomia, genética e embriologia; a área de ciências humanas, sociais e da saúde, que consiste em matérias como sexualidade, relações humanas e direito humano; e o outro é chamado de assistir, cuida e gerenciar em obstetrícia, onde existem cadeiras mais específicas do curso, como assistência da mulher no pré-natal, no parto, pós-parto e na emergência.
Segundo Nádia, a principal diferença das parteiras é o tratamento mais pessoal que é fornecido às mulheres grávidas. "A obstetriz trabalha mais com a saúde, não tanto com a tecnologia. Levamos mais em conta os direitos das mulheres, com uma assistência mais humanizada. Acompanhamos desde a gestação até o pós-parto, algumas parteiras permanecem até 7 meses em contato com a família após o nascimento da criança", afirma.
Muitos problemas que surgem durante a gravidez podem ser evitados com o acompanhamento das parteiras, afirma a coordenadora. De acordo com ela, não apenas aspectos da saúde, mas também psicológicos. "Na medida em que ela estiver bem preparada e saudável, muitas doenças que acontecem podem ser prevenidas. Por exemplo, muitas vezes as mulheres entram em depressão por não saber lidar com as crianças", ressalta.
Qualificação
Ela acredita que o País precisa de mais profissionais nessa área e defende a qualificação por meio da faculdade. Um dos exemplos citados é caso ocorra alguma complicação no parto, se a parteira perceber algum problema, ela irá encaminhar a mãe ao hospital. A maioria das vezes a perda da criança se dá por pessoas não habilitadas. Mas ela destaca que a obstetriz dificilmente atua de forma autônoma, logo após sair do curso. "Normalmente as pessoas vão trabalhar em casas de parto, e também em hospitais, é preciso ter experiência", afirma a coordenadora.

Ana Cristina Duarte se formou no curso de obstetrícia na USP no final de 2008, e como possuía experiências anteriores em hospitais, já realiza partos na casa das clientes. Ela pensa que esse é o caminho natural dos profissionais dessa área. Mas acredita que é preciso ter um diferencial. "É precisa ter um acompanhamento, falta aquela pessoa que monitora do começo ao fim da gravidez", assegura.
Graças a essa atenção, é cultivado um contato que vai além do profissional. "É uma amizade quase de comadre, as pessoas me ligam por outros razões já, como a escola em que colocar o filho, e até mesmo recomendação de babás", relata.
Apesar de salientar que as mulheres ficam satisfeitas com o trabalho, acredita que elas não conhecem a profissão por falta de informação, o que é normal de acordo com a parteira. "Por enquanto ainda é bastante desconhecido, mas o tempo vai resolver isso, as profissões novas são assim mesmo".
O Presidente da Comissão de Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Olímpio Barbosa de Moraes Filho, defende a profissão de parteira, porém ele acredita que não é saudável trabalhar de forma autônoma, mas sim com um conjunto de médicos em hospitais. "O ideal é que o parto não seja feito apenas pelo médico, mas sim por uma equipe, incluindo a parteira", afirma.
Ele acha que o profissional da área pode atuar sozinho em lugares aonde não existem hospitais por perto, caso de algumas cidades no interior do Brasil, e destaca que esse tipo de prática pode causar riscos para a mãe e o bebê. "Sou contra o centro de parteiras e o trabalho independente, pois cerca de 15% dos partos complicam, e isso pode colocar a vida da mulher em risco. Em países europeus onde essa técnica é mais usada, existe uma ambulância no lado de fora da casa, caso ocorra algum problema", explica o médico.
Diferenças entre os obstetras
As parteiras são apenas uma das três opções de profissionais obstetras no mercado, as outras são os médicos e enfermeiras. Os médicos podem fazer especialização nessa área. Ele precisa realizar a residência médica em ginecologia e obstetrícia por cerca de 3 anos, para se formar como especialista, onde fica mais focado na patologia. O enfermeiro precisa realizar uma pós-graduação, e estará habilitado a acompanhar a grávida no período pré-natal, parto e puerpério de baixo risco, mas quando existe alguma complicação o médico precisa ser acionado. O profissional obstetriz tem uma formação no curso de bacharelado mais focada na própria profissão, e em menos áreas da enfermagem, e é mais preparado para atender exclusivamente à mulher. 

Fonte:   http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5200340-EI8266,00-Cresce+mercado+para+parteiras+no+Brasil+USP+oferece+graduacao.html