quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Cresce mercado para parteiras no Brasil; USP oferece graduação

A Universidade de São Paulo (USP) oferece graduação para parteiras. Foto: Getty Images A Universidade de São Paulo (USP) oferece graduação para parteiras
teira parece coisa do passado, mas não é. No começo de 2005 a Universidade de São Paulo (USP) reabriu o curso de obstetrícia, e em 2008 formou os primeiros alunos. Essas profissionais, popularmente chamadas de parteiras, podem tanto trabalhar de forma autônoma, realizando os partos na casa das clientes, quanto auxiliando médicos na hora do nascimento dos bebês.
De acordo com a Associação Mundial da Saúde, o ideal é que haja uma parteira a cada 175 nascimentos. Para entrar no curso da USP, basta realizar o vestibular normal. De acordo com a coordenadora, Nádia Zanon Narchi, dos matriculados na faculdade, existem pessoas que migraram de outros cursos, como Psicologia, Enfermagem e Fisioterapia. Porém, cerca de 99% são jovens, sendo a maioria mulheres, que já tiveram alguma experiência anterior como doula, que realiza o acompanhamento da mulher durante a gravidez, o parto e pós-parto.
O principal motivo para a reabertura do curso foi a falta de profissionais altamente qualificado, pois existem poucas pessoas da área de enfermagem que fazem uma especialização em obstetrícia.
O curso é estruturado em 3 principais eixos. A biologia, com disciplinas como anatomia, genética e embriologia; a área de ciências humanas, sociais e da saúde, que consiste em matérias como sexualidade, relações humanas e direito humano; e o outro é chamado de assistir, cuida e gerenciar em obstetrícia, onde existem cadeiras mais específicas do curso, como assistência da mulher no pré-natal, no parto, pós-parto e na emergência.
Segundo Nádia, a principal diferença das parteiras é o tratamento mais pessoal que é fornecido às mulheres grávidas. "A obstetriz trabalha mais com a saúde, não tanto com a tecnologia. Levamos mais em conta os direitos das mulheres, com uma assistência mais humanizada. Acompanhamos desde a gestação até o pós-parto, algumas parteiras permanecem até 7 meses em contato com a família após o nascimento da criança", afirma.
Muitos problemas que surgem durante a gravidez podem ser evitados com o acompanhamento das parteiras, afirma a coordenadora. De acordo com ela, não apenas aspectos da saúde, mas também psicológicos. "Na medida em que ela estiver bem preparada e saudável, muitas doenças que acontecem podem ser prevenidas. Por exemplo, muitas vezes as mulheres entram em depressão por não saber lidar com as crianças", ressalta.
Qualificação
Ela acredita que o País precisa de mais profissionais nessa área e defende a qualificação por meio da faculdade. Um dos exemplos citados é caso ocorra alguma complicação no parto, se a parteira perceber algum problema, ela irá encaminhar a mãe ao hospital. A maioria das vezes a perda da criança se dá por pessoas não habilitadas. Mas ela destaca que a obstetriz dificilmente atua de forma autônoma, logo após sair do curso. "Normalmente as pessoas vão trabalhar em casas de parto, e também em hospitais, é preciso ter experiência", afirma a coordenadora.

Ana Cristina Duarte se formou no curso de obstetrícia na USP no final de 2008, e como possuía experiências anteriores em hospitais, já realiza partos na casa das clientes. Ela pensa que esse é o caminho natural dos profissionais dessa área. Mas acredita que é preciso ter um diferencial. "É precisa ter um acompanhamento, falta aquela pessoa que monitora do começo ao fim da gravidez", assegura.
Graças a essa atenção, é cultivado um contato que vai além do profissional. "É uma amizade quase de comadre, as pessoas me ligam por outros razões já, como a escola em que colocar o filho, e até mesmo recomendação de babás", relata.
Apesar de salientar que as mulheres ficam satisfeitas com o trabalho, acredita que elas não conhecem a profissão por falta de informação, o que é normal de acordo com a parteira. "Por enquanto ainda é bastante desconhecido, mas o tempo vai resolver isso, as profissões novas são assim mesmo".
O Presidente da Comissão de Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Olímpio Barbosa de Moraes Filho, defende a profissão de parteira, porém ele acredita que não é saudável trabalhar de forma autônoma, mas sim com um conjunto de médicos em hospitais. "O ideal é que o parto não seja feito apenas pelo médico, mas sim por uma equipe, incluindo a parteira", afirma.
Ele acha que o profissional da área pode atuar sozinho em lugares aonde não existem hospitais por perto, caso de algumas cidades no interior do Brasil, e destaca que esse tipo de prática pode causar riscos para a mãe e o bebê. "Sou contra o centro de parteiras e o trabalho independente, pois cerca de 15% dos partos complicam, e isso pode colocar a vida da mulher em risco. Em países europeus onde essa técnica é mais usada, existe uma ambulância no lado de fora da casa, caso ocorra algum problema", explica o médico.
Diferenças entre os obstetras
As parteiras são apenas uma das três opções de profissionais obstetras no mercado, as outras são os médicos e enfermeiras. Os médicos podem fazer especialização nessa área. Ele precisa realizar a residência médica em ginecologia e obstetrícia por cerca de 3 anos, para se formar como especialista, onde fica mais focado na patologia. O enfermeiro precisa realizar uma pós-graduação, e estará habilitado a acompanhar a grávida no período pré-natal, parto e puerpério de baixo risco, mas quando existe alguma complicação o médico precisa ser acionado. O profissional obstetriz tem uma formação no curso de bacharelado mais focada na própria profissão, e em menos áreas da enfermagem, e é mais preparado para atender exclusivamente à mulher. 

Fonte:   http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5200340-EI8266,00-Cresce+mercado+para+parteiras+no+Brasil+USP+oferece+graduacao.html

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Novo site busca conscientizar a população para a questão do bullying

A partir desta semana, ( 11/06/2011), educadores, estudantes, familiares e pessoas da comunidade de modo geral interessadas na questão do bullying têm uma nova fonte de consulta de materiais a respeito da temática. No endereço: www.todoscontraobullying.com.br é possível encontrar a íntegra dos projetos de lei relacionados ao bullying, além de artigos sobre o tema.
A iniciativa de lançar o site é da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Bullying e Outras Formas de Violências, criada esta semana pelo Governo com o intuito de conscientizar a sociedade sobre o significado do termo bullying e fiscalizar os programas e políticas governamentais direcionados ao enfrentamento do problema. Cada Estado deverá contar com um coordenador regional que será indicado pela mesa de diretores.
De acordo com o presidente da nova entidade, o deputado Roberto de Lucena, a expectativa é que a partir deste trabalho possam ser concretizadas as ações em tramitação. “Nós vamos trazer essas iniciativas para um só fórum. Vamos procurar potencializá-las e promover uma grande campanha nacional”, afirmou.

Fontes:  http://www.blogeducacao.org.br/site-lancado-esta-semana-busca-conscientizar-a-populacao-para-a-questao-do-bullying/
Com informações da Agência Câmara de Notícias

Quando os personagens da infância crescem


Enquanto os dois conhecidos casaizinhos Luluzinha e Bolinha e Mônica e Cebolinha trocam beijinhos nas versões adolescentes de suas revistas, uma leitura adulta chama os Smurfs de totalitários e antissemitas

Seguindo exemplo da Mônica e do Cebolinha (que em sua versão adolescente prefere ser chamado de Cebola), Luluzinha e Bolinha também trocaram um beijo na edição especial do 2º aniversário da revista “Lulu Teen e sua Turma”, que chegou ontem às bancas, véspera do dia dos namorados. Nesta edição, os dois personagens, que também não se davam muito bem na infância, deixam de lado as implicâncias e no jogo virtual Vida 2.0, criado por Aninha e cujo objetivo é realizar o sonho dos usuários, se beijam. Resta saber quando é que o casal vai se beijar também no mundo real.
Enquanto esses famosos personagens infantis começam a crescer através de experiências inocentes, outros estão sendo acusados de coisas sérias, como a promoção do totalitarismo e nazismo. É o caso dos Smurfs, os seres azuis de gorros brancos criados pelo ilustrador belga Peyo, que foram chamados de racistas, totalitários e antissemitas no livro Le Petit Livre Bleu, de Antoine Buéno, lançado dia 2 de junho, na França.
Não é a primeira vez que se diz algo do tipo sobre os seres azuis. Entre as teorias levantadas, está a de que os Smurfs, que vivem em casas de cogumelos, são apenas uma alucinação do bruxo Gargamel. Outra, já afirma que os Surfs faziam parte de campanha pró-comunista, sendo um dos indícios o próprio nome Smurf, que seria um sigla para “Small Men Under Red Force” (Pequenos homens sob Forças Vermelhas).
Alguns fãs podem ficar desencantados com essas versões amadurecidas de seus personagens favoritos na infância, outros podem torcer o nariz para visões adultas sobrepostas em histórias aparentemente inocentes. Mas o que se pode concluir disso tudo é que, por mais que desenhos não envelheçam sozinhos, eles também podem crescer junto com seu público.
PublishNews - 07/06/2011 - Gabriela do Nascimento

Finalista do Prêmio Bom Exemplo Jorge de Morais ensina fotografia a crianças em BH


Ele ensina os detalhes da profissão a um grupo de crianças moradores do Morro do Papagaio.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mínima Felicidade - Leila Ferreira

A felicidade é mesmo um estado mágico e duradouro ?
A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida. Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', diz Fabiana, também adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Elis conta que cresceu esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, viajando com frequência por causa de seu trabalho, ela descobriu que dá pra ser feliz no singular: 'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado , ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes' Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'. Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades. Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam. Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera."
Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro 'Mulheres - Por que Será que Elas...', da Editora Globo

domingo, 21 de agosto de 2011

Voz de mãe

Ilustração Beatriz Giosa
Na minha primeira coluna, mês passado, falei sobre o processo de silenciamento de algumas vozes, que preferiam usar redes sociais e mensagens instantâneas para se comunicar com pessoas próximas e distantes.
Como estamos no mês das mães, nada melhor do que falar sobre uma das vozes mais marcantes e importantes de nossas vidas. Aquela que nos acalentou e que, nos momentos mais difíceis, sempre tinha uma palavra para nos acalmar, ou que, quando falava nosso nome completo, já sabíamos que vinha uma bronca. A voz que gritava de manhã: “O leite...”, e que dizia: “Boa noite, meus amores”, ou “não se preocupe, vai dar tudo certo, mamãe está aqui”.
O bebê necessita da voz da mãe tanto quanto necessita do seu leite. Será a voz materna que inserirá o novo ser no seio da comunidade humana, como diz o pesquisador francês Jean Biarnès: “É, então, no meio do ruído das vozes que o cercam, que tudo começa para o filhote de homem. Do primeiro grito ao primeiro ‘Eu’, é entre diferentes vozes que a criança vai poder afirmar sua presença como sujeito”.
Como presente para o dia das mães, quero compartilhar com vocês uma narrativa sobre a voz materna:
No século 14, na região da Andaluzia, Espanha, existia um homem muito rico, mas analfabeto. Sua vida fora muito sofrida. Havia escapado de perseguições por toda Europa, até chegar à Espanha, onde prosperou financeiramente.
Como queria que o único filho não repetisse sua condição de homem não estudado, enviou-o para as melhores escolas europeias.
Durante um ano inteiro, o pai não recebeu sequer uma carta do filho, até que um dia, tal missiva adentrou a casa do homem rico. O pai, não sabendo ler, chamou um empregado e perguntou:
– O senhor sabe ler?
– Sim, meu patrão – respondeu secamente o empregado.
– Então leia essa carta imediatamente para mim – disse o pai, empurrando o envelope para o empregado.
O empregado, que não gostava nem do homem, nem do filho e nem de ninguém, abriu o envelope e leu a carta o mais rispidamente possível:
– Pai! Preciso muito de dinheiro! Minhas roupas estão velhas e meus livros, rasgados!
– Que empáfia! Que arrogância! Esse moleque pensa que sou um banco! Ingrato! – esbravejava o pai.
Assim que o empregado saiu, a esposa do homem rico se aproximou e, vendo seu marido bufando, perguntou:
– O que foi?
– Seu querido filho mandou uma carta. Olhe só o que ele escreveu! – disse o marido, entregando o envelope à mulher, que sabia ler.
Ao ouvir a palavra “filho”, o coração da mulher começou a bater mais forte, a saudade era tão grande que ela até cheirava o papel. E com uma voz enternecida, leu a carta em voz alta:
– Pai. Preciso muito de dinheiro. Minhas roupas estão velhas e meus livros, rasgados.
– Ah, agora, sim, é meu filho – disse o marido. – Realmente não o havia reconhecido antes. Amanhã mesmo enviarei um emissário com o dinheiro.
Feliz Dia das Mães!

Ilan Brenman é doutor em educação e um dos principais escritores de literatura infantil do Brasil, é pai de Lis, 7 anos, e Íris, 4. Fale com autor: crescer@ilan.com.br

Fonte:  http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI228643-18480,00-VOZ+DE+MAE.html

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

8 raças de cachorro super estranhos

Quantas vezes já aconteceu de você estar passeando e encontrar um cão realmente bizarro ou assustador na rua? Sim, cachorros estranhos estão por todos os cantos. Conheça mais sobre oito raças caninas que se superam no quesito peculiaridades:
1 – Puli

A raça puli é conhecida por seu look alternativo que a assemelha a um esfregão. Além de lhe render comparações divertidas, a aparência peculiar também lhe é útil: ela protege a pele dos cachorros da água e da descamação.
Não se sabe ao certo de onde os pulis vêm, mas há indícios de que os antigos romanos eram proprietários de cães semelhantes e há alguma evidência de que a raça possui mais de 6 mil anos de idade. O que se sabe é que eles poderiam ser encontrados na Ásia mais de 2 mil anos atrás e fizeram sua aparição na Hungria (país considerado o berço da raça) há mil anos.
Os húngaros rapidamente adotaram os animais como cuidadores de ovelhas – junto com uma raça similar, porém maior, conhecida como o komondor. As duas raças de cães tomavam conta dos rebanhos dia e noite, com o puli servindo como vigia e os komondor contribuindo com os músculos quando necessário, para impedir a ação de predadores.
Embora os pelos compridos e especiais da raça cresçam naturalmente, os proprietários ainda precisam ativamente cuidar da aparência do cão, mantendo-o limpo. Os pelos podem crescer o suficiente para atingir o chão ou podem ser cortados curtos. Os cães são muito ativos e inteligentes e exigem muita atenção e exercício.
2 – Xoloitzcuintli

Mais conhecido como pelado mexicano, o xoloitzcuintli é tão antigo que a raça já era adorada pelos astecas. Segundo a mitologia, o deus Xolotl fez os cães a partir de uma lasca do Osso da Vida, a mesma obra-prima para a criação de toda a humanidade. Xolotl presenteou os homens com o cão, pedindo-lhes para cuidá-lo com sua vida. Em troca, o cão guia o homem até o mundo da morte.
Os pelados mexicanos são cães dóceis e leais uma vez que atingem a idade adulta, mas até se tornarem emocionalmente maduros – o que acontece próximo aos dois anos de idade – eles ainda são muito barulhentos e cheios de energia. Precisam de loção e muitos banhos para prevenir queimaduras solares, acne e pele seca.
3 – Cão Pelado Peruano

Não, a similaridade no nome com a raça anterior não é mera coincidência – em muitos aspectos, eles são como os Pelados Mexicanos. Estes cães também eram adorados por outra civilização antiga, desta vez os incas, mas a raça é realmente muito mais antiga que a cultura inca.
A raça aparece em imagens em obras de arte peruanas desde 750 d.C. O folclore peruano, muito baseado em histórias incas, assegura que abraçar um desses cães pode curar problemas de saúde, em particular dores de estômago.
Infelizmente, os animais quase entraram em extinção durante a conquista espanhola no Peru. A raça se manteve viva graças a pequenas aldeias em áreas rurais, onde os cães podem ainda ser encontrados em bom número. Mais recentemente, criadores peruanos trabalham para proteger o que resta dos cães pelados do Peru, garantindo uma significativa diversidade de linhagem.
Estes cachorros podem ser um pouco teimosos e exigem treinamento adequado desde pequenos. Também precisam de loção e muitos banhos para prevenir queimaduras solares, acne e pele seca. Além disso, os cães sofrem em lugares de clima quente.
4 – Norsk Lundehund

À primeira vista, você consegue encontrar algo de extraorndinário nesses cães? Preste atenção, o Lundehund tem algumas características surpreendentes que o tornam fisicamente diferente de qualquer outra raça.
Uma dessas características peculiares é o fato de que eles têm seis dedos em cada pata. Pode contar. Eles também possuem uma única articulação ligando o ombro ao pescoço, o que lhes permite esticar as pernas em linha reta em ambos os sentidos. Além disso, sua testa alcança até as suas costas. Eles também podem fechar seus canais auditivos à vontade para evitar a entrada de sujeira ou água.
Tudo isso faz com que o Lundehund seja um caçador incrível de aves, um nadador ágil e um grande alpinista em penhascos íngremes e fendas. Os cães foram originalmente treinados para caçar papagaios no longínquo século 17, mas depois que a prática caiu em desuso, a raça quase foi extinta. Em 1963, havia apenas seis vivos. No entanto, graças ao cuidado e esforço de uma dedicada equipe de poucos criadores, já existem pelo menos 1.500 deles vivos hoje em dia.
Infelizmente, a raça possui um sério problema genético: uma doença conhecida como gastroenteropatia dos Lundehund, que pode impedir os cães de extrair nutrientes e proteínas de seu alimento.
5 – Cão de Crista Chinês

Esses pobres cachorrinhos são frequentemente desprezados pelos humanos por não serem muito atraentes para os olhos. Na realidade, esses cães nem sempre nascem sem pelo: existem duas variedades, uma possui pelos, e a outra não. Ambos podem ter nascido na mesma ninhada.
Curiosamente, a variedade sem pelo pode até mesmo possuir uma camada de pelos caso o gene que causa a ausência da cobertura de pelos não se expresse tão fortemente. Quando isso ocorre, pode ser realmente difícil diferenciar as duas variedades a distância. Outra diferença estranha é que nos cães sem pelo muitas vezes falta um conjunto completo de dentes pré-molares.
É interessante notar que os cães de crista chineses não vieram da China. Ninguém sabe ao certo a origem deles, muitos suspeitam que a raça tenha se originado na África. Ha também algumas evidências que esses cachorros compartilham algumas características da raça dos pelados mexicanos.
6 – Cão da Carolina

Também chamados de dingos americanos (caso “cão da Carolina” soe engraçado para você), este cão não parece muito fora do comum. Entretanto, o que o torna único não está na sua aparência física, mas sim em seu DNA.
O cão da Carolina pode ser a mais antiga espécie canina da América do Norte, tendo aparecido em pinturas rupestres no início da povoação de nativos americanos. Eles também compartilham o DNA com dingos da Austrália e com cães cantores da Nova Guiné (é cada nome…).
São animais relativamente primitivos, sujeitos a problemas de hierarquia social (eles não são recomendados a proprietários de primeira viagem).
7 – Catahoula Cur

O nome não é a único coisa divertida sobre esses cachorros. Eles também são excelentes caçadores e são até capazes de escalar árvores durante uma perseguição.
Acredita-se que a raça é uma das mais antigas sobreviventes em toda a América do Norte. Eles já eram apreciados pelos nativos americanos por suas incríveis habilidades de caça há muito tempo. O nome da raça vem da Paróquia Catahoula de Louisiana, onde a raça é originária.
Como cães “trabalhadores”, eles são conhecidos por ter muita energia. Se devidamente treinados, esses cães leais podem ser facilmente orientados para pastoreio, trabalho policial ou mesmo apenas para fazer truques e entreter a sua família.
8 – Mastim Napolitano

Se você é um fã dos filmes de Harry Potter, você está pensando no animal de estimação de Hagrid, Fang. Embora eles não sejam tão incrivelmente grandes quanto possa parecer nos filmes, os números impressionam: 75 centímetros até os ombros quando de quatro e até 150 quilos de peso.
No decorrer da história, acredita-se que a raça lutou ao lado do exército romano, tendo sido usada para atacar as barrigas dos cavalos inimigos e feri-los.
Após a Segunda Guerra Mundial, a raça quase entrou em extinção, mas graças aos esforços de um pintor italiano de criar um canil para proteger a raça, os mastins napolitanos foram salvos. O pintor cruzou o pouco dos mastins napolitanos restantes com seus parentes ingleses para ajudar a diversificar a linhagem genética. Deu certo.
Os cães são grandes animais de estimação, mas são extremamente protetores com suas famílias. Por isso, eles precisam de socialização desde pequenos, para garantir que não se tornem muito agressivos contra estranhos. Eles raramente latem, a não ser que sejam provocados e, como resultado, são famosos por sua atacarem intrusos sem serem percebidos.[Oddee]
Fonte:  http://hypescience.com/8-racas-de-cachorro-super-estranhos/
Autor:
Bruno Calzavara é estudante do 4o ano de Jornalismo na Universidade Federal do Parana, mas não vai se formar neste ano. Está fazendo intercâmbio na Universidade de Pisa, na Itália. Volta em agosto. Já trabalhou em vários campos jornalísticos e agora lida com o mundo fascinante dos textos científicos de HypeScience. É dono de um blog de viagem.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

''Ao mestre, com carinho'' versão atual

Quando um professor que faz a diferença está em sala, o impacto no desempenho dos alunos pode surpreender 

Um bom começo para o desafio de oferecer uma educação de qualidade está, diariamente, diante da turma. Um professor dedicado, que sabe motivar os alunos, tem um impacto determinante no desempenho dos estudantes, como mostra a análise de 165 estudos nacionais e internacionais, coordenada pelo pesquisador Ricardo Paes de Barros.

Investir em infraestrutura e novas tecnologias, portanto, pode até ser um caminho para cumprir metas que, campanha após campanha, dominam o discurso dos candidatos. Mas, para a realização das promessas repetidas, é preciso também apostar naquele que pode fazer uma diferença significativa, como mostra o filme "Ao mestre, com carinho", de James Clavell, de 1967.

Para reconhecer o valor do mestre, a ONG Todos pela Educação lançou este ano a campanha "Um bom professor, um bom começo". "Precisamos de políticas para a formação e planos de carreira", ressalta Priscila Cruz, diretora-executiva da organização, lembrando que a lembrança de um grande educador a gente leva para o resto da vida.

Waldilene, em Cidade de Deus, vira Emília para ensinar a ler
A segunda visita da boneca Emília à turma 1102 do Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, já não causou tanto espanto. Mas a felicidade da criançada, alunos pobres na faixa dos 6 anos, foi a mesma da estreia. Alguns, emocionados, arriscaram um palpite:

- É a tia Waldilene.
A boneca negou. E com razão. Depois de se vestir com a fantasia que ela mesmo fez, de se maquiar e de ajeitar a peruca, a professora Waldilene Regina Nascimento e Sousa, de 35 anos, se transfigura no personagem de Monteiro Lobato. Sua voz, seus trejeitos e sua desenvoltura fariam inveja à lendária atriz Dirce Migliaccio.
Apesar do talento cênico, que vence a timidez, a pretensão da Emília do "Brizolão do Pantanal", nome popular daquele Ciep, é outra: ensinar de forma lúdica. E a boneca não perde tempo. Depois de cantar a música da Emília, cita o conto "No reino das águas claras" para explicar aos seus 30 alunos de primeiro ano como é importante não jogar lixo nos rios, mantendo-os limpos e afastando o risco de enchentes.
Eram 11h e Waldilene teria ainda mais cinco horas e meia de atividades até completar mais uma jornada diária. Quase tudo ali conspira contra o bom humor da professora. O Ciep está em uma das áreas mais pobres da Cidade de Deus, onde parte dos barracos foi demolida devido ao risco de desmoronamento. Parte da turma vem de famílias desestruturadas. Algumas têm pais viciados em cocaína e crack, envolvidos com o tráfico de drogas.
Cercada de prateleiras coloridas por objetos diversos, cartazes e avisos criativos, como um que imita uma placa de trânsito para proibir a presença de piolhos, a sala de Waldilene só não é uma ilha da fantasia para a criançada porque ali a educação é real. Num país em que manter a atenção dos alunos da rede pública ainda é um desafio, ela dá lições de criatividade para manter os alunos de olhos vidrados.
Naquele dia, antes de virar Emília, ela contava aos alunos a história de Iara, a sereia, numa atividade sobre figuras folclóricas. Dandara Cristina dos Santos, de 6 anos, de tão ligada na narrativa, ficou de pé para ver melhor o desenho dos homens enfeitiçados pela sereia.
- Que bobões, né? - brincou a professora.
Se a agitação aumenta, Waldilene endurece, mas sem perder a ternura:
- Bumbunzinho no chão. Fecha a matraquinha. Se continuar, vou por o chapéu da bruxa - ameaça.
Com um ano e meio de magistério, aprovada pelo concurso de 2008, Waldilene trocou o emprego num projeto de educação à distância pela rede pública, em busca de estabilidade. Esperava ter dificuldades com a criançada, mas, agora, com o estímulo da direção do colégio, tomou gosto pela sala de aula.
Ela diz que a principal estratégia para vencer a desatenção é usar os próprios elementos presentes na vida dos alunos, principalmente as músicas, para ensinar.
- Outro dia, eles chegaram aqui cantando um funk dos Havaianos, banda daqui. Aprendi a música para cantar com eles, ensinando os fonemas. Deu certo.
Já a boneca Emília nasceu numa sala de leitura. Uma das alunas chegou a chorar de emoção. Paraense, agora está ensinando a turma a dançar o carimbó. Ela mesma comprou os tecidos e costurou as saias das alunas.

Roberta, em Nova Iguaçu, ensina Libras para alunos ouvintes 
Roberta Dutra apostou em uma forma inusitada de abordar a inclusão, motivar os alunos e reduzir a indisciplina em sala de aula. Três alunos da Escola Municipal professora Edna Umbelina de Sant"anna, em Nova Iguaçu, acabam de fazer uma apresentação diante dos colegas de sala.

O trio é aplaudido, mas, curiosamente, ninguém ouve som de palmas. É que ali, todos os dias, por dez minutos, o gesto de elogio é expressado de uma forma diferente: não há batida, apenas um agitar de mãos, posicionadas acima da cabeça.
Embora seja uma turma de 5º ano de uma Escola de ensino regular, e nenhum aluno tenha dificuldade de audição, o grupo está aprendendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras), principal forma de comunicação de pessoas com surdez.

À primeira vista, a iniciativa pode causar estranhamento, mas basta acompanhar uma aula para constatar que a novidade prende a atenção da turma, de cerca de 30 alunos.

- Comecei a ensinar Libras para despertar nos alunos a valorização pela diferença em sala de aula. São apenas dez minutos por dia, mas têm feito diferença - diz a professora Roberta Dutra, 35 anos, formada em Letras com pós-graduação em Educação Inclusiva.

Após concluir um curso de Libras, em 2007, ela pensou que poderia ser interessante usar a língua de sinais para introduzir o tema da inclusão e reduzir a dispersão dos alunos.

- A Libras suscita a sensibilidade e a solidariedade, pois faz despertar para a história de vida do outro. E melhora a concentração, já que os sinais são muito parecidos. Imaginei que isso poderia ajudar contra a indisciplina - conta ela.

O ciclo do respeito que nasce em sala de aula 
Engana-se quem pensa que o projeto ensina só o alfabeto. Roberta, que dá aula há 16 anos, explora outros conteúdos, como verbos.

Para apresentá-los, lança mão de formas lúdicas e atrativas, investindo em jogos da memória, quebra-cabeças e desenhos, que nascem das mãos dedicadas da educadora, com participação dos alunos. E usa ainda DVDs e CDs do Instituto Nacional de Surdos (Ines).

Segundo Lúcia Helena Cardoso, diretora da Escola, que tem 690 alunos, da Educaçãoinfantil ao 5º ano do ensino fundamental, houve melhoria no comportamento dos alunos.

- É um ciclo: se você respeita na classe, você respeita no refeitório, na rua, em casa.

Que o diga Sara da Silva do Rosário, 10 anos. Ela entrou na Edna Umbelina no 1º ano, mas ainda sente saudade de Macaé, onde morava. Ressalta, porém, que prefere a professora atual. - Ela não grita com a gente, não bate na mesa -- justifica.
Divididos em grupos, os alunos explicam o que já aprenderam. Diante de dezenas de cartas onde vislumbro apenas sinais do alfabeto, Emanuel Pereira, 11 anos, esclarece:

- Aqui há vários exemplos de configuração de mãos - ensina, mostrando sinais que expressam ações e sentimentos.

A diretora desconhece se o projeto ajudou a melhorar os indicadores da Escola - o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para as séries iniciais subiu de 4,1 (em 2007) para 4,9 (em 2009), valor maior do que o encontrado para o Brasil, o Rio e Nova Iguaçu -, mas garante:

- Tentamos contagiar a todos. Fizemos até um curso de Libras na Escola, ofertado também para zeladores e funcionários da cozinha e da portaria.

Embora saiba quão difícil pode ser promover a inclusão em sala de aula, Roberta diz:  - Não dá para só lamentar. É impossível levar adiante se não tentarmos mudar a situação.
Fonte: Jornal O Globo

Depressão materna: como isso afeta o seu filho?

Um novo estudo feito com 438 famílias mostrou que sintomas recorrentes de depressão materna podem influenciar o comportamento das crianças na primeira infância

 Shutterstock
Após o nascimento do seu bebê, a rotina muda. Tudo parece bem, mas, de repente, você desperta uma manhã mais triste, com menos vontade de levantar da cama. Aos poucos, começa a sentir muito mais ansiedade, raiva, cansaço. Quando tudo isso começa a atrapalhar o seu dia a dia e convívio com seu filho e família, é hora de procurar um médico. Você pode estar com depressão - e esses sintomas não prejudicam só você.

Um estudo realizado pela Universidade de Adelaide, na Austrália, publicado na revista científica Pediatrics revelou que crianças cujas mães apresentam sintomas recorrentes de depressão têm mais chance de desenvolver problemas de comportamento aos 5 anos.

A pesquisa acompanhou 438 mães e seus filhos (227 meninas e 211 meninos). Os cientistas pediram às mães que preenchessem questionários durante a infância das crianças entre 2 e 5 anos. Após a análise das informações, os pesquisadores perceberam que sintomas recorrentes de depressão materna quando as crianças têm entre 2 e 3 anos se tornam um fator de risco para o desenvolvimento de problemas comportamentais aos 5. Enquanto que sintomas constantes da doença não afetam o desenvolvimento delas.

Para o psiquiatra Sérgio Klepacz, do Hospital Samaritano, em São Paulo, o estudo comprova que quando a criança se sente insegura, principalmente em relação às pessoas próximas a ela e ao meio em que vive, o seu grau de estresse aumenta e afeta o seu comportamento. “A depressão da mãe se torna um problema quando ela não é constante, ou seja, quando apresenta oscilações de humor", diz. "Se a mãe sofre com depressão com os mesmos sintomas, a criança não sofre com isso porque já sabe o que esperar”, diz. Ou seja, se a doença da mãe não for tratada corretamente e voltar após um período, há mais riscos para as crianças.
Outro dado que chamou a atenção dos pesquisadores foi a influência positiva dos cuidados de outras pessoas nesses primeiros anos de vida dessas crianças: mesmo meio período na creche (o chamado cuidado formal), por volta dos 2 anos, já teve um impacto significativo no comportamento delas anos depois. Já os cuidados ditos informais (outras pessoas que não eram profissionais) não fizeram tanta diferença nesse caso. O mais importante dessa pesquisa, portanto, é mostrar para as mães que sofrem com depressão a importância buscar ajuda especializada, dividir as tarefas e, assim, preservar a criança.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI250516-15546,00-DEPRESSAO+MATERNA+COMO+ISSO+AFETA+O+SEU+FILHO.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Crianças pequenas também devem fazer exercícios. E há até 'academias' exclusivas para elas

Voltados para estimular habilidades físicas e sociais das crianças, desde a fase de bebês, esses locais especializados também combatem o sobrepeso infantil 

Natalia Cuminale

Mariana, 2 anos, brinca ao mesmo tempo em que desenvolve a coordenação motora
Mariana, 2 anos, brinca ao mesmo tempo em que desenvolve a coordenação motora - Ênio Cesar
Trapézio, trave, cama elástica – e piscina de bolinhas. Com música infantil agitada ao fundo, os instrutores pedem para que as crianças pulem e batam palmas. Ao mesmo tempo, as mães tentam fazer os mesmos movimentos que seus filhos para incentivá-los. Esse é cenário da MyGym, uma academia direcionada ao público infantil. No lugar de espelhos na parede, estão ilustrações coloridas de macacos e árvores. Em vez de pesos e pessoas musculosas, chocalhos e crianças entre seis semanas e 13 anos. É lá que a química Suzanne de Groote leva seus filhos Jean, 7 anos, e Anne, 3 anos. Desde que foi matriculado, há quatro meses, Jean, diz sua mãe, adquiriu mais equilíbrio, autoestima e ficou mais seguro. “Antes, ele não jogava futebol com os amigos da escola. Hoje, participa mais feliz das aulas de educação física”, conta Suzanne.
Confira entrevista com o médico pediatra Stephen Rice, do Centro Médico da Jersey Shore University
A princípio, a ideia de uma academia infantil pode parecer absurda. Mas o objetivo não é criar pequenos musculosos, e sim despertar nas crianças desde cedo o gosto pela atividade física e ajudá-las a desenvolver habilidades sociais. "Minha filha tem oportunidade de, em um ambiente controlado e seguro, se desenvolver a partir da orientação de profissionais”, conta Eloisa Kuszka, mãe de Bianca, de 2 anos. "Em relação a outras crianças, percebo o quanto participar de atividades assim ajudam na evolução dela", diz.
A franquia americana já tem quase três décadas e está espalhada em 27 países — chegou ao Brasil faz dois anos. Entre os pais que mais procuram a academia, estão aqueles que têm filho único. Normalmente, diz a proprietária, Silvia Freitas, essas crianças também aprendem na academia que precisam dividir brinquedos, espaço e atenção com outras crianças, oportunidade que obviamente não teriam em casa. Também procuram o estabelecimento pais com filhos hiperativos, que precisam gastar bastante energia, e aquelas com problemas de coordenação motora. "Também atendemos crianças com sobrepeso, crianças que os pais querem tirar da frente da televisão. O melhor é que aqui elas se movimentam muito apenas brincando", diz Silvia.
Controle de peso — Combater a obesidade infantil é uma consequência positivia desse tipo de iniciativa. A preocupação com exercícios nessa faixa etária fez com que o governo britânico, mês passado, criasse uma diretriz para a prática de atividades físicas para crianças menores de cinco anos. As novas medidas afirmam que crianças nessa faixa, que já saibam andar, devem ser fisicamente ativas por pelo menos três horas no dia – o que pode incluir a caminhada até a escola, brincadeiras infantis, entre outras opções. Da mesma forma, segundo a diretriz, as que ainda não conseguem andar também devem ser encorajadas a praticar atividades físicas desde as primeiras semanas de vida.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/criancas-tambem-devem-fazer-exercicios-e-ha-ate-academias-exclusivas-para-elas 

As mudanças em você e seu bebê durante a gestação

Fique informada semana a semana sobre sua gravidez. Nós preparamos para você, mãe, uma série de dicas e curiosidades para ajudá-la nesse período de tantas dúvidas. Veja fotos, vídeos e não seja uma mãe de primeira viagem.

Em qual semana de gestação você está?

Semanas 1 e 2

 
Grávida não come por dois nem faz dieta. Você deve fazer seis refeições bem equilibradas por dia, a cada três horas”

O bebê

O ovo ou zigoto se forma com a fecundação do espermatozóide com o óvulo. Ele, conterá 46 cromossomos e 48 mil genes, com os fatores hereditários do pai e da mãe. 24 horas depois da fecundação, o ovo se divide em duas células, que se dividem em quatro e assim por diante...
O zigoto começa a produzir um hormônio especial, que é exclusivo da gravidez - a gonadotrofina coriônica, cuja missão é proteger o feto e colá-lo na parede uterina.

A mãe

Parabéns, você está grávida!
A primeira consulta ao obstetra vai ser longa porque você terá muitas dúvidas e todas devem ser respondidas. Seu médico vai pedir exames laboratoriais de sangue, urina e fezes. No exame médico, ele vai medir a pressão arterial e o pulso, vai verificar seu peso e examinar os seios.
A orientação dietética é essencial: coma mais vezes ao dia, em menor quantidade. Esqueça aquele ditado que grávida come por dois! Coma com qualidade e fragmentado em seis refeições ao dia, a cada três horas. Pare de fumar e peça para seu companheiro não fumar no mesmo ambiente que você estiver.

O pai

Parabéns, você vai ser pai!
A primeira coisa a fazer é escolher o time de futebol para o qual o bebê vai torcer - claro que o mesmo que o seu! Depois, vêm as dúvidas sobre o desenvolvimento do bebê durante a gestação e a preocupação com a saúde da esposa. Nesse momento, toda informação é importante para que os próximos meses sejam preenchidos de muita alegria, saúde e compreensão. Primeira atitude de pai: pare de fumar no ambiente onde estiver a gestante.

Semanas 3 e 4

 
Cuidado com produtos químicos. Evite usar aqueles com amônia, por exemplo, como as tinturas para cabelo e alguns produtos de limpeza”

O bebê

A placenta começa a se formar. É um órgão inteligente, um filtro que escolhe o que o feto necessita e o que ele rejeita. O bebê está cercado de água, o líquido amniótico, que contém glicose, sais e serve para ajudar as trocas entre o organismo materno e o feto e ainda protege o bebê.

A mãe

Por ora, evite os exercícios físicos de impacto, como: step, musculação, corrida, jogar tênis ou fazer cavalgada. Prefira as caminhadas, alongamentos e ioga. Aproveite o ritmo mais calmo do exercício para ir acolhendo o bebê no seu corpo, na sua vida.
É bom tomar cuidado com produtos químicos como a amônia. Por isso, acostume-se a ler os rótulos das tinturas para cabelo e dos produtos de limpeza.
O médico prescreverá por três a quatro meses o ácido fólico, 5 mg, que ajudará na placentação e formação de tubo neural (o sistema nervoso central do bebê).

O pai

A placenta começa a se formar. É um órgão inteligente, um filtro que escolhe o que o feto necessita e o que ele rejeita. O bebê está cercado de água, o líquido amniótico, que contém glicose, sais e serve para ajudar as trocas entre o organismo materno e o feto e ainda protege o bebê

Cuidados para estas semanas

Pode

  • •Tingir o cabelo com produto sem amônia
  • •Fazer caminhada, alongamento, ioga
  • •Beber muita água
  • •Comer em intervalos de 3h

Não pode

  • •Fumar - pare imediatamente!
  • •Fazer exercícios físicos de alto impacto (correr, step, spinning, artes marciais)
  • •Tomar medicamentos sem prescrição medica

Dicas úteis

  • •Procure uma nutricionista para manter uma dieta balanceada e adequada para toda gestação e uma personal para indicar as atividades físicas
Créditos: Todas as imagens gentilmente cedidas pelos usuários foram obtidas através de técnicas sofisticadas de ultrassonografia, inclusive em 3D

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Visitas a recém-nascidos requerem etiqueta especial

O nascimento de um bebê é sinônimo de vida nova e confraternização, porém, esse momento especial requer atenção de parentes e amigos em relação às primeiras visitas. A pediatra Vera Lúcia Jornada Krebs, do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, deixa claro que o recém nascido não é uma atração turística, precisa ficar em um ambiente tranqüilo e indica os cuidados para que a visita não seja deselegante e prejudicial.
Muitas pessoas exageram no ‘carinho’ e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados nas mãozinhas. O que eles não sabem é que essas atitudes são inadequadas, pois podem trazer problemas ao recém nascido.
A pediatra indica que a primeira visita na maternidade seja limitada a parentes próximos, como o pai, avós e irmãos, pois é um momento de recuperação da mãe e maior atenção à vida do bebê.
“As primeiras 24 horas do recém nascido são bastante delicadas, pois é um período de estabilização, portanto um descuido em uma visita pode acarretar grandes problemas à saúde do bebê”, afirma.
Segundo a pediatra, os primeiros cuidados ao visitar a criança na maternidade, devem ser com a higiene das mãos. “No berçário do HC, é feito um controle de higiene em quem fará a visita. É checado se a pessoa está com algum resfriado, ou outro tipo de infecção”, explica, acrescentando que também é dado um auxílio sobre a maneira correta de lavar as mãos.
Na maternidade ou em casa, a pediatra Vera Krebs alerta que o tempo de visita deve ser curto, pois tanto a mãe quanto o recém nascido precisam de descanso e de um ambiente silencioso e calmo. Caso a mãe ofereça algum agrado à visita, como um simples café ou uma xícara de chá, é adequado não aceitar, pois ela não deve ter nenhum tipo de trabalho além de cuidar do bebê.
Assim que a mãe recebe alta, Vera sinaliza que os cuidados na maternidade devem ser mantidos em casa. Ela deve ser orientada sobre os cuidados com o filho, tendo oportunidade de tirar todas as dúvidas junto ao pediatra e equipe multiprofissional, a respeito dos cuidados com o recém-nascido. As recomendações também devem ser dadas por escrito.
Além do recém nascido, a mamãe também precisa de cuidados e tranquilidade, pois, neste período ela está frágil e com o sono em desordem. “É inconveniente aparecer à noite e sem ligar antes para avisar. Interromper o descanso da mãe e seu bebê pode sobrecarregá-la”, afirma. A pediatra acredita que tomados estes cuidados, a visita pode se tornar um momento especial para a mãe e seu filho.

Fonte:  http://www.jornaldebarretos.com.br/novo/2011/07/35914

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Cães também podem ser os melhores amigos da saúde das crianças

Segundo um veterinário chileno, José Vélez, os cães podem ser um dos melhores amigos da saúde das crianças - não só da saúde fisica, mas também da saúde mental.

Um dos factores mais importantes é o facto de as crianças que têm um cão em casa terem menos 50% de probabilidade de ficar obesas, o que só por si é de extrema importância. O resultado deste estudo sobre obesidade infantil foi desenvolvido pela Universidade de Deakin, na Austrália.

Tudo começa pela parte afectiva, já que o facto de mostrar afecto pelos animais e os acariciar fortelece, não só durante infância e a adolescência, mas também em adultos, a capacidade de um indivíduo demonstrar afecto pelos outros. Outro factor importante é a responsabilidade que as crianças vão desenvolvendo enquanto tratam dos cães de casa, já que aprendem a respeitar as horas das refeições, a estar alerta para a necessidade de passear os animais de forma regular e rotineira e também de interagir com eles. Embora a responsabilidade de tomar conta de um animal de companhia não deva recair totalmente sobre as crianças, estas podem e devem participar de forma activa, em colaboração com os país.

Por outro lado, a presença de um cão em casa ajuda as crianças a combater o sedentarismo, bem como todos os impactos negativos que esse factor pode trazer, a começar pelo aumento de peso. Passear um cão implica alterações de ritmo ao andar, pequenas corridas e muitas vezes saltos, aumentando também em muitos casos o tempo que se está em contacto com a natureza, com todas as vantagens que isso pode trazer, do ponto de vista da aprendizagem e do conhecimento do meio envolvente, para além de ajudar crianças e animais a diminuir os factores de «stress» a que estão sujeitos.

Outro factor importante é a possibilidade de o contacto diário com um cão poder diminuir a probabilidade de as crianças desenvolverem alergias.

O veterinário em questão levanta também a questão da raça de cão que se deve escolher, dependendo do tipo de espaço habitacional e do agregado familiar onde o animal se vai inserir. A idade das crianças é um factor que também deve ser tido em conta.

Para este profissional, o temperamento do cão dependerá cerca de 20% da genética e os outros 80% serão influenciados pelo factor ambiental, mas devem evitar-se raças com temperamento mais irritável, principalmente se as crianças da habitação forem muito pequenas, já que tenderão a fazer mais tropelias ao cão, que vêem como amigo e companheiro de brincadeiras.

O autor do estudo chama também a atenção para a necessidade de projectar a vida com um cão para cerca de 15 anos, já que o animal pode acompanhar grande parte do crescimento de uma criança, até se tornar adulta, e durante esse período haverá uma aprendizagem mútua e constante em que se desenvolvem laços profundos de amizade, cumplicidade e lealdade que ficarão para toda a vida.

Fonte:  http://bicharada.net/animais/noticias.php?nid=1643

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Ministério lança Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê

Com ilustrações de Ziraldo, o guia destaca os benefícios do aleitamento materno. A amamentação só alcança 41% dos bebês do País
No Brasil, apenas 41% dos bebês menores de seis meses são alimentados exclusivamente com leite materno (MAURI MELO)  
No Brasil, apenas 41% dos bebês menores de seis meses são alimentados exclusivamente com leite materno
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou no Rio de Janeiro a campanha da Semana Mundial de Amamentação. Acompanhado pela atriz Juliana Paes, madrinha da campanha este ano, ele apresentou o Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê, cartilha que informa como garantir os direitos das mães e dos recém-nascidos.

Com ilustrações do cartunista Ziraldo, o guia destaca os benefícios do aleitamento materno. Segundo o Ministério da Saúde, amamentar é a forma mais eficaz para a redução da mortalidade infantil, além de proteger a criança de inúmeras doenças. “Desde que engravidei do Pedro, eu queria muito ter parto normal e amamentar. O parto normal não foi possível, mas amamentar eu consegui. O Pedro vai fazer oito meses e adora mamar no peito”, contou Juliana Paes.

A semana da amamentação é comemorada anualmente e este ano será do dia 1º a 7 deste mês. Desde ontem, cartazes e folhetos são distribuídos pelas sociedades de pediatria dos estados e do Distrito Federal, assim como secretarias estaduais e municipais de Saúde. Também foram produzidos filmes para a televisão e Internet, além de um spot para transmissão no rádio.

Atualmente, apenas 41% dos bebês menores de seis meses no Brasil são alimentados exclusivamente com leite materno, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A taxa é semelhante à média mundial, calculada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em menos de 40%. Mas, é bem abaixo do percentual ideal definido pela organização, entre 90% e 100% das crianças nessa faixa etária. “Nós queremos chegar a 80 por cento do aleitamento materno exclusivo. Não fechamos uma meta por ano, mas tem um conjunto de ações porque não depende só do governo, depende das empresas”, afirmou Padilha. De acordo com o ministro, em um ano 10 mil empresas passaram a cumprir a lei que garante licença maternidade até seis meses para incentivar o aleitamento materno.

Como
ENTENDA A NOTÍCIA
A novidade da campanha deste ano é o Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê. A cartilha, que informa os direitos das mães à amamentação, será distribuída a profissionais de saúde e líderes comunitários que terão a função de multiplicar as informações e orientar as mulheres.

Fonte:  http://www.opovo.com.br/app/opovo/brasil/2011/08/02/noticiabrasiljornal,2274515/ministerio-lanca-guia-dos-direitos-da-gestante-e-do-bebe.shtml