segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como lidar com o fanatismo das crianças




Adriane: planos de se casar com Harry Potter e choro no cinema depois do filme final
Era meia-noite de quinta para sexta-feira e a família Rodrigues estava na fila do cinema para a sessão de estreia de “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2”. Tudo porque Adriane Gomes Rodrigues, de 12 anos, não aguentava esperar nem mais um minuto para ver o último filme do bruxo de Hogwarts. A menina é simplesmente fanática pela série e, especialmente, pelo ator Daniel Radcliffe. Ela tem todos os filmes em DVD, sabe os diálogos de cor e ainda coleciona artigos e fotos dos personagens. “Adriane é tão fã do Harry Potter que chega ao ponto de falar que vai se casar com ele”, afirma a mãe, a gerente Rosa Gomes Rodrigues.

Assim como Adriane, muitas crianças “adotam” um ídolo na infância. Mas como os pais podem diferenciar uma fantasia passageira e saudável de algo prejudicial e exagerado? De acordo com a psicóloga Fabiana Tena Maldonado, o fanatismo pode ser perigoso a partir do momento que a criança ou o adolescente vive somente em função do ídolo e deixa de fazer as atividades comuns à sua fase. “Se eles deixam de estudar, de brincar, de se relacionar com os outros para se fechar em um mundinho, aí os pais devem ficar preocupados”.
Embora Adriane adore a série, a mãe afirma que a vida social da filha não foi afetada de forma negativa. Ao contrário, Rosa acredita que, por causa do Harry Potter, a menina passou a gostar ainda mais das aulas de inglês e diz que vai conhecer a Inglaterra. “Eu deixo ela sonhar, não recrimino. Acho que toda criança bem-sucedida nasce de um sonho”, conta a mãe.
Desconstruindo o mito
Em alguns casos, os pais precisam lidar com a decepção das crianças em relação aos ídolos. Foi assim com Adriane, que chorou após a exibição do último filme do Harry Potter. Rosa tentou consolar a filha: “Eu expliquei para ela que o personagem terminou, mas que logo ele estará de volta em outros projetos”.
A mesma tristeza assola o garoto Gustavo Melo Secomandi, de 11 anos, quando seu time de coração, o São Paulo, sai de campo derrotado. O menino é são-paulino fanático e adora futebol em geral – tanto que até cortou o cabelo no estilo moicano inspirado pelo jogador Neymar, um dos ídolos do esporte. O pai de Gustavo, Carlos Rogério Secomandi, aproveita a oportunidade para explicar ao filho que a vida é assim mesmo: “Quando o São Paulo perde, digo a ele que isso é normal: um dia se ganha, no outro, se perde”.
Nestes casos, é fundamental que os pais conversem com os filhos, aconselhando-os a encarar tudo de maneira natural e desconstruindo um pouco o mito da figura do ídolo. “A frustração faz parte do crescimento das crianças”, diz a psicóloga Mariana Tezini. Ocasiões do tipo também são uma boa oportunidade para os pais mostrarem aos filhos o ciclo natural da vida: algumas coisas acabam para dar lugar a outras, pelas quais as crianças também podem se interessar.

Maria Fernanda no aniversário: ela chama seu personagem favorito, o pinguim azul dos Backyardigans, de "Pablinho querido"


Fã desde bebê
A paixão e a fantasia por um ídolo não tem idade para começar. Enquanto a maioria das meninas é louca pelas princesas dos clássicos infantis, Maria Fernanda Gonçalves, de três anos, gosta mesmo é do Pablo, do “Backyardigans”. Ela não desgruda da TV durante o desenho e tem todas as temporadas em DVD, além de artigos como toalha, camisola e até um cofrinho do personagem. “Ela para tudo para assistir o Pablo e se refere a ele como o ‘Pablinho querido’”, conta a mãe, a agente de investimentos Patrícia Gonçalves.
Maria Fernanda conheceu o personagem por volta dos sete meses. Desde então, se apaixonou por tudo o que se refere ao Pablo. Na festa de aniversário, ela escolheu o boneco como tema da decoração. “Acho que ela se identifica com ele pelo fato de ser engraçado e carismático”, diz a mãe.
Segundo a terapeuta Mariana Tezini, faz parte do desenvolvimento da criança eleger personagens ou histórias preferidas, geralmente com as quais ela se identifica. A preocupação, no entanto, deve acontecer apenas se a preferência virar fanatismo e afetar a criança de modo mais complexo. Por exemplo, se ela só for dormir se estiver com o pijama do personagem ou segurando o boneco do desenho.
Nesse sentido, é aconselhável que os adultos não estimulem o consumo exagerado de produtos relacionados ao ídolo. “Os pais não devem incentivar o uso de roupas de apenas um determinado personagem, mas oferecer à criança um leque de possibilidades”, sugere a psicóloga comportamental Nancy Eralch Danon.

Outro conselho é sempre conversar com as crianças com um olhar crítico e aproveitar para passar mensagens positivas. Se estiver vendo o filme do ídolo, por exemplo, opine sobre o comportamento dos personagens. Quando assistir a um jogo de futebol, diga que o esporte é algo saudável e que é preciso respeitar os torcedores de outros times.
Na adolescência
Tainá Dias Granziolli, de 15 anos, é louca pelo ídolo teen Eduardo Surita. Há dois anos ela coleciona reportagens e fotos sobre ele, vai aos eventos onde ele está e criou até um fã-clube, que já tem mais de mil meninas participantes. Nas redes sociais, ela se declara “apaixonada” por Surita e chegou a escrever uma carta com mais de três metros para ele. “Não sei explicar por que gosto dele. É fanatismo mesmo”, reconhece a adolescente.
Para a mãe, a assistente administrativa Andreia de Jesus Dias Granziolli, a garota é dedicada ao ídolo mais do que deveria, embora não deixe de lado os estudos. “Ela fica o tempo todo na internet, falando com as amigas sobre ele”, diz.
Mas para a terapeuta Fabiana Maldonado, no caso dos adolescentes o fanatismo tem um lado positivo: o da identificação com uma tribo. “Nesta fase, é importante e saudável para os adolescentes se sentirem aceitos e fazerem parte de um grupo”, explica.
Mesmo assim, se os pais perceberem que o fanatismo está muito exagerado, podem apresentar aos filhos outras atividades. Mostrar livros e filmes de outros assuntos, convidar para um passeio, fazer viagens: vale tudo para tirar o foco daquele ídolo ou personagem. Se nada adiantar e o fanatismo estiver afetando a vida social do adolescente, o ideal é procurar um especialista para ver se a situação está realmente fora do normal ou se é apenas uma fase.

Fonte:  http://delas.ig.com.br/filhos/como+lidar+com+o+fanatismo+das+criancas/n1597091901906.html

Consumo por impulso começa cada vez mais cedo, aponta pesquisa

Em tempos de crise, um estudo da Universidade de Campinas mostra que nossos jovens não sabem lidar bem com dinheiro

Do G1
Em tempos de crise, uma pesquisa da Unicamp confirmou o que já se percebia sobre o comportamento dos jovens. Os adolescentes não sabem lidar bem com dinheiro. A pesquisa mostrou que a criançada nem pensa em guardar a mesada. Gasta quase tudo de uma vez e com coisas de que, muitas vezes, nem precisa.

Diante da vitrine, o jeitinho dengoso é para convencer a mãe a comprar. Eles são exigentes. “Com 5 anos, já sabe o que quer e é muito determinada. ‘Mamãe, é isso o que quero, é isso o que vou comprar e é isso o que vou usar’”, conta a mãe, que garante: tenta resistir, mas na prática. “Ela já escolheu o azul, o rosa, o verde e o branco. E eu acho que vou comprar todos”, diz.

Ao ceder, ela confirma os dados de uma pesquisa da Universidade de Campinas (Unicamp) que mostra que as crianças e adolescentes brasileiros não estão preparados para lidar com questões financeiras no futuro.

“Aquilo que eles recebem eles gastam imediatamente”, afirma a pesquisadora da Unicamp, Maria Aparecida Belintane.

A pesquisa ouviu crianças e adolescentes entre 8 e 14 anos de idade em três regiões com rendas familiares diferentes. Ao todo, 92% dos entrevistados disseram que recebem mesada dos pais e todos afirmaram gastar tudo com si próprios, o que para a educadora indica a tendência consumista dos adultos no futuro.

A pesquisa identificou ainda que o comportamento se repete independentemente da renda familiar. Para os mais ricos, falta planejamento pelo excesso de dinheiro. Já quem ganha menos cede aos filhos quando pode. Só que nos dois casos, a educação financeira é prejudicada.

A solução é impor limites aos filhos. Seja sistemático. Dê dinheiro sempre em uma mesma data e cobre da criança a prestação de contas. Quando for ao supermercado, faça uma lista e mostre os itens para seu filho. Em parques, determine quantos brinquedos pode ir. Nunca justifique a compra pela falta do dinheiro. Explique que não é hora de consumir.

E atenção: “Não tenha medo de dizer não. Ninguém vai morrer ou fica infeliz porque o pai disse ‘não’. Tenha claros os valores da família para que a criança se oriente a partir deles”, orienta a pesquisadora Maria Aparecida Belintane.

A empresária Célia Feltrin tem dois filhos e resolveu usar o restaurante da família para educar os meninos. Quando eles querem dinheiro, tem que trabalhar. “Eles têm que ter noção que tudo o que temos em casa custou trabalho. Estamos tentando levar isso para o futuro deles”, comenta.

O resultado? eles explicam. “Quando eu quero alguma coisa, eu junto e consigo comprar. Não preciso pedir para minha mãe ou para meu pai”, diz Flávio Feltrin, de 13 anos. “Eu tenho que controlar o meu dinheiro e tenho noção do quanto eles estão se esforçando para conseguir dinheiro e pagar tudo o que eu tenho hoje”, conta Giovani Feltrin, de 17 anos.

A pesquisadora reforça que quem gasta por impulso tende a fazer dívidas. Ou seja, muitos adultos que não entendem por que vivem com as contas no vermelho, podem ter começado lá na infância.
Fonte:  http://pe360graus.globo.com/noticias/economia/pesquisa/2011/08/09/NWS,537216,10,232,NOTICIAS,766-CONSUMO-IMPULSO-COMECA-CADA-VEZ-CEDO-APONTA-PESQUISA.aspx

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Brincando de Casinha com Livros

Postado originalmente no blog Inventando com a Mamãe
No meu último passeio pela livraria, coisa que faço quase que diariamente, o livro-brinquedo A Casa de Bonecas da Sofia chamou a minha atenção. Não resisti e comprei o livro.
A Casa de Bonecas da Sofia é um livro interativo, em forma de casa que, além dos cenários, dos personagens destacáveis, móveis para montar, tem alguns adesivos para a criança decorar os cômodos conforme acompanha a história. Sucesso garantido.
Durante a brincadeiras nós lembramos dos livros-brinquedos, no mesmo estilo, da Ninoca a ratinha graciosa que protagoniza vários livros, da autora Lucy Cousins. Pegamos o Sítio da Ninoca e Casinha da Ninoca que estavam esquecidos na estante. A brincadeira ficou mais animada com a vizinhança completa. Ninoca arrumou o sítio para receber a visita da Sofia e sua família. Depois de muita diversão com as atividades do sítio como alimentar as galinhas, tirar leite da vaca, todos foram para a Casinha da Ninoca. Sofia e Ninoca ficaram muito amigas e no dia seguinte foi a vez da Ninoca ir conhecer a casa da Sofia.
Assim passamos algumas horas, sentadas no chão da varanda, lendo, brincando, voando na imaginação e construindo várias histórias a partir dos três livros.
Fonte: http://networkedblogs.com/snm99